Veja o número de casos de acordo com as regionais de saúde do estado| Foto:

Morte: BH registra óbito por tipo hemorrágico

A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, em Minas Gerais, confirmou o primeiro óbito por dengue hemorrágica no município, ontem. Um homem de 41 anos, morador da Região Leste da capital, que estava internado no Hospital Felício Rocho, faleceu no dia 17 de fevereiro. Segundo a secretaria, o paciente era transplantado renal e portador de hepatite C, hipertensão, cardiopatia e insuficiência renal crônica. Até o momento, Belo Horizonte registrou 12.502 notificações da doença neste ano e cinco mortes por dengue hemorrágica.

Em Mato Grosso, a Secretaria de Saúde já registrou este ano 27.958 casos e 19 mortes confirmadas. O número de casos também aumenta no Distrito Federal. Já são 2.117 infecções. Em Brasília, o escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) teve de suspender o expediente ontem por causa da dengue. Seis dos 20 funcionários apresentaram sintomas e três tiveram a infecção confirmada. Focos do mosquito foram encontrados no jardim da luxuosa casa com piscina que abriga o órgão.

Agência Estado

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Foz do Iguaçu - A epidemia da dengue chegou a 10 municípios paranaenses situados nas regiões Oeste, Norte e Noroeste, o que significa dizer que essas áreas registram uma incidência de mais de 300 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes. A situação mais preocupante é a do Oeste, que concentra 45% dos casos confirmados em todo o Paraná, ou seja, 1.508 de um total de 3.357, conforme o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no dia 23 de março.

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Do total de confirmações no estado, 3.106 são de casos autóctones e 251 são importados. O número de suspeitos chega a 12.524. No dia 24 de março do ano passado, os casos confirmados eram apenas 123, o que evidencia o avanço da doença. Neste ano, 129 dos 399 municípios do Paraná já registraram casos de dengue, quase um terço de todo o estado.

Integrante da equipe de coordenação do controle da dengue, no Paraná, Ronaldo Trevisan diz que a epidemia instalada em algumas cidades paranaenses é resultado de uma série de fatores. Os principais, segundo ele, são: a presença de mais dois sorotipos da doença no estado este ano (o Den-1 e o Den-2) e também o alto índice de infestação do mosquito em alguns municípios. "A mudança de sorotipo e a alta densidade vetorial favorecem a ocorrência de uma epidemia".

Trevisan alerta ainda que a mudança de sorotipo também predispõe a ocorrência de casos graves da doença, como a dengue hemorrágica. Neste ano, de acordo com a Sesa, já foram registrados nove casos graves de dengue no estado, dois deles com complicações e sete com febre hemorrágica, o que resultou na morte de um homem de 68 anos registrada em Londrina.

Segundo o técnico, para que a doença não provoque prejuízos ainda maiores, é preciso mais colaboração da população na eliminação dos possíveis criadouros do mosquito transmissor – há registro de situações em que os agentes antidengue são impedidos até de retirar o lixo de residências, mesmo em municípios em situação epidêmica. Quem deixa criadouro do mosquito em casa não tem amor à própria família", afirma.

Mapa

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As regiões do estado com maior número de casos da dengue são também as que concentram os maiores índices de infestação do mosquito Aedes aegypti. No entanto, Trevisan lembra que isso não significa que os municípios sem vítimas estejam livres da doença. Nessas cidades, que geralmente registram temperaturas mais baixas em relação ao Norte, Noroeste e Oes­te, a infiltração do vetor é mais lenta. Mesmo assim, a preocupação com os cuidados necessários não pode ser reduzida.

De acordo com a Sesa, em todo o estado, os municípios com maior número de casos absolutos são respectivamente Foz do Iguaçu (484), Medianeira (667) – ambas no Oeste – e Maringá (460). No entanto, os municípios que aparecem com maior incidência da doença para cada grupo de 100 mil habitantes são Paranacity, Medianeira e Primeiro de Maio.