Pilates, ioga, hidroginástica e otimismo esses são os remédios de Maria Angélica Ortiz Soares Beux, além dos comprimidos que toma diariamente e da pulsoterapia. Tudo para manter sob controle a esclerodermia sistêmica limitada, uma doença autoimune que ataca a pele e os órgãos internos. Maria Angélica, de 53 anos, descobriu a doença depois de uma maratona por consultórios médicos dermatologista, reumatologista, endocrinologista, clínico geral. "Alguns sintomas, como inchaço, fibrose e úlceras nas mãos, além de pequenas manchas vermelhas no rosto, começaram a aparecer em 1998, mas tive dificuldade em aceitar a doença de imediato", conta.
Depois de começado o tratamento, foram algumas tentativas até que ela encontrasse a combinação que mais funcionasse. Além das dificuldades com as mãos para cortar alimentos e segurar objetos, por exemplo a doença causa outras condições como pericardite e fibrose pulmonar, que Maria Angélica já teve. Ela, que trabalhou como bancária e auxiliar administrativo, teve que parar de trabalhar por conta da esclerodermia. "Hoje tomo alguns comprimidos para pressão, circulação e outros, e faço mensalmente pulsoterapia, que é como um soro com medicamentos, e estou bem", explica. Além disso, faz fisioterapia, exercícios de alongamento e respiração, pilates, ioga e, quando o clima não está muito frio, hidroginástica. Desde que começou a prática de esportes, diz se sentir mais disposta.
"Em 2008, alguns médicos me desenganaram. Passei por momentos difíceis até encontrar profissionais que me tratassem como ser humano, não apenas como portadora dessa doença incurável", diz, explicando que necessita de acompanhamento médico constante ela tem consultas a cada 60 dias. Mas não é só das conversas com o médico que Maria Angélica tira as informações sobre a doença ela está sempre pesquisando na internet e lendo sobre o assunto para se manter atualizada. "Tive que fazer uma escolha e pensei: ou fico sentada esperando a morte chegar, como disse o Raul Seixas, ou vou à luta?".
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