A pandemia da gripe H1N1 deveria estimular a pesquisa farmacêutica a renovar seus esforços a fim de desenvolver uma vacina universal contra a gripe e repensar formas de lidar com futuras pandemias, afirmaram cientistas na sexta-feira.
Especialistas em gripe da Organização Mundial da Saúde (OMS), da gigante farmacêutica suíça Novartis AG e do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, entre outros, ressaltaram que o surgimento do H1N1 ensejou um salto no potencial de produção de vacinas, indo de 400 milhões de doses para 900 milhões.
Numa carta à revista Science, no entanto, eles exortaram as indústrias farmacêutica e da saúde a serem mais proativas no desenvolvimento e na distribuição de vacinas - e especialmente em acelerar a busca por uma vacina universal contra a gripe.
"Embora a pandemia de H1N1 tenha o potencial para causar uma emergência social e econômica, ela também oferece uma oportunidade para repensar nossa estratégia com relação à doença do vírus influenza e para desenvolver vacinas mais eficazes e soluções economicamente sustentáveis aos países desenvolvidos e em desenvolvimento," escreveram eles. "A pesquisa para o desenvolvimento de uma vacina universal deveria ser acelerada."
Os cientistas e a indústria farmacêutica até agora não conseguiram chegar a uma vacina universal contra a gripe, que combateria todas as cepas do vírus.
A Inovio Biomedical Corp, que trabalhando em uma vacina universal, disse esta semana que espera evidências preliminares no início do ano que vem para saber se a tecnologia que está usando pode ajudar a combater a doença.
A Johnson & Johnson, a empresa mais diversificada do mundo na área da saúde, recentemente adquiriu participação na empresa de biotecnologia holandesa Crucell em parte para obter o flu-mAb, um anticorpo universal desenvolvido por engenharia genética para evitar e tratar infecções das diversas cepas de influenza A.
O surto de gripe suína foi declarado pandemia em junho e já infectou milhões de pessoas ao redor do mundo. Fabricantes de remédios e governos esforçam-se para produzir e fornecer as vacinas contra a nova cepa H1N1 antes da temida chegada de uma segunda onda da infecção às vésperas do início do inverno no Hemisfério Norte.
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