Givonete com Gabriel na consulta no HC: rotina de viagens| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Quinhentos quilômetros é um caminho relativamente curto para a doméstica Givonete Silva dos Santos Ribeiro, de 37 anos, mãe de Gabriel Lohan, de um ano de idade. A trajetória dela começou ao final da gravidez. Após uma gestação muito tranquila – ela seguiu à risca todos os exames necessários –, na hora do parto, uma surpresa: logo após o nascimento, o médico obstetra relatou que o menino era portador da Síndrome de Down, um distúrbio genético derivado de uma anormalidade nos cromossomos. Na hora, ela levou um susto, até porque o ultrassom não havia apontado qualquer alteração ao longo dos nove meses. "Mas em nenhum momento me desesperei. Pensei que, se Deus tinha escolhido assim, que ele seria muito bem-vindo e bem cuidado", relata. Ela nada sabia sobre a síndrome e precisou se informar para poder lidar com a condição inesperada. Givonete arregaçou as mangas, leu livros, revistas, levou-o para ser acompanhado na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) – e foi à luta: hoje ela periodicamente sai de Campina da Lagoa, cidade a 500 quilômetros de Curitiba, para ir ao Hospital de Clínicas do Paraná, na capital, onde ele se consulta com pediatras, dentistas, psicólogos, otorrinolaringologistas e, em outro hospital, com cardiologistas.

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Gabriel, como todos os pacientes com a síndrome, sofre de sopro no coração, uma predisposição a cardiopatias para a qual ainda não precisa tomar medicamentos. "Enquanto outras crianças só vão ao médico quando estão doentinhos, o Gabriel precisa sempre ser acompanhado, mesmo bonzinho – e também precisa ser bastante estimulado", diz.

Ela conta que, em Campina da Lagoa, todo mundo faz a festa quando vê o garoto, e muitos falam que ele é uma verdadeira bênção. "Acredito que hoje as pessoas são mais abertas e também compreendem melhor o problema, sabem mais sobre a Síndrome de Down, não veem mais como algo tão diferente, como era no passado."

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