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Pandemia

Falta de vacinação preocupa escolas

Dirigentes de educação reclamam de estratégia do governo de imunização contra a gripe A. Crianças só recebem vacina até os 2 anos

Prevenção: para diminuir riscos nas escolas, o ideal é usar o álcool em gel e ensinar aos alunos como se proteger contra o vírus | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Prevenção: para diminuir riscos nas escolas, o ideal é usar o álcool em gel e ensinar aos alunos como se proteger contra o vírus (Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo)

A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Un­­dime) está reivindicando que os alunos das escolas municipais do Paraná sejam vacinados contra a gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína. O plano de vacinação elaborado pelo Ministério da Saúde prevê a imunização gratuita dos grupos mais vulneráveis ao novo vírus. Por isso, com base nas estatísticas disponíveis sobre a doença, o único grupo de crianças que receberá a vacina vai dos 6 meses aos 2 anos de idade. O grupo na faixa etária dos 2 aos 19 anos só receberá a vacina se pagar pela dose na rede particular de saúde.

"Estamos desesperados com a possibilidade de não haver vacina para essas crianças", afirma o presidente da Undime, Carlos Eduardo Sanches. No Paraná, de acordo com os números oficiais das autoridades de saúde, cerca de 10% das pessoas que morreram em decorrência da gripe desde o início da pandemia tinham entre 5 e 19 anos: foram 29 vítimas até o momento.

Além de terem decidido aumentar do aumento das férias de inverno, escolas intensificam os cuidados. "Temos que ter cuidado grande porque as crianças não irão ganhar a vacina e vivem muito em contato umas com as outras", afirma a diretora pedagógica da Escola Atuação, Esther Cristina Pereira. Na entrada da escola, os alunos são orientados a higienizar as mãos com álcool gel. O processo se repete na hora do lanche.

Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo da vacinação não é conter o vírus da gripe pandêmica. A meta é proteger os grupos mais vulneráveis, que têm mais chance de ter doença respiratória grave e morrer.

Cuidados

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, a vacina é um instrumento a mais para enfrentar a gripe, mas não resolve o problema sozinha. Martin pede para que as pessoas intensifiquem os cuidados contra a nova gripe. As orientações são lavar as mãos constantemente com água e sabão ou usar álcool gel; manter o am­­biente arejado; evitar levar a mão até a boca, os olhos e o nariz; não compartilhar utensílios; ficar em casa se estiver gripado; e evitar aglomerações.

Os cuidados são os mesmos adotados pela maior parte da população em 2009, principalmente durante o inverno. Cerca de 60% dos curitibanos mudaram a rotina, com novos hábitos de higiene e cuidados em locais de aglomeração, conforme levantamento da Paraná Pes­quisas. Com o aumento da temperatura, no entanto, esses cuidados foram esquecidos.

Para a segunda onda da doença, os gestores de saúde irão intensificar a prevenção. O Ministério da Saúde irá distribuir 100 mil cartazes e 1 milhão de folders sobre a vacinação e sobre as medidas de prevenção. Em Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde está divulgando as informações por meio de cartazes e irá fazer campanhas na televisão e na internet. Dentro de alguns dias, a população também poderá se informar sobre a vacinação pelo telefone 156. Nos ônibus com avisos sonoros, uma gravação já orienta os usuários sobre os cuidados com a nova gripe.

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