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Fila em frente de banco do Centro de Curitiba: decisão que limita número de clientes em agência vale até a próxima segunda-feira | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Fila em frente de banco do Centro de Curitiba: decisão que limita número de clientes em agência vale até a próxima segunda-feira| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

- Imprima o cartaz com as principais informações sobre a Gripe A

A gripe A está deixando clientes de banco para o lado de fora das agências em Curitiba e região metropolitana. Uma decisão da Justiça do Trabalho, deferida na última sexta-feira, determina, entre outras medidas, que as instituições restrinjam o fluxo de pessoas no interior das unidades bancárias para reduzir o risco de transmissão da doença. A decisão liminar, que vale até o dia 17, permite o ingresso de 10 clientes para cada quatro caixas.

As filas de espera ao ar livre não chegaram a provocar maiores problemas no atendimento bancário ontem. Em apenas uma agência foi registrado tumulto, com clientes que reclamaram da demora e do atendimento. O problema na agência Carlos Gomes da Caixa Econômica Federal foi causado, porém, porque além da restrição ao fluxo no interior da agência, os caixas de autoatendimento tiveram uma pane.

Em outros bancos, os clientes se dividiram sobre a efetividade ou não da medida que restringe o fluxo de clientes. "E se está chovendo? Se eu permanecer nesta fila aqui do lado de fora também corro o risco de contaminação", opinou o comerciante Nahim Elghassan, 48 anos. Já a secretária Elizabeth Turesso, 40 anos, aprovou a medida. "Tudo o que se puder fazer para que essa gripe não se manifeste com tanta força, eu sou favorável", disse.

Como a decisão judicial não prevê limitação de circulação no espaço destinado aos caixas eletrônicos, alguns bancos preferiram organizar a fila na área destinada ao autoatendimento, ao invés de deixar os clientes para o lado de fora. De acordo com o representante da Sociedade Paranaense de Infectologia no Comitê de Controle e Prevenção da Influenza A, Moacir Pires Ramos, a medida que restringe aglomerações é bem-vinda, mas beneficia, principalmente, os funcionários dos bancos, já que não impede que os clientes fiquem na área de autoatendimento.

Segundo o médico, para que a população ficasse mais protegida seria necessário que o atendimento bancário fosse rápido e que houvesse cuidado também na área de caixas eletrônicos, com a higienização do ambiente e a disponibilização de álcool gel para os clientes. A procuradora do trabalho Margaret Matos de Carvalho, do Ministério Público do Trabalho, responsável por propor a ação, disse que as medidas beneficiam a população como um todo, mas promete entrar com um recurso pedindo que as medidas sejam estendidas também à área de autoatendimento.

De acordo com a decisão judicial, além de restringir o fluxo dos clientes, os bancos devem colocar à disposição do público, no interior das agências, álcool gel ou álcool líquido com concentração de 70% e dar atendimento médico às colaboradoras grávidas e a empregados com sintomas da nova gripe. Além disso, os bancos têm de disponibilizar lenços descartáveis de papel e máscaras para os funcionários.

A decisão, assinada pela juíza Ana Maria das Graças Veloso, da 7.ª Vara do Trabalho, prevê ainda que os bancos terão de pagar multa diária de R$ 1 mil para cada agência que não adotar as medidas preventivas. Desde a decisão, porém, os bancos têm 48 horas para se adequar às medidas. Assim, as instituições bancárias que não cumprirem a determinação podem ser penalizadas a partir de amanhã. Denúncias podem ser feitas por funcionários dos bancos ou por clientes pelo telefone do Ministério Público do Trabalho (3304-9001), ou pelo site do órgão (www.prt9.mpt.gov.br).

Segundo o secretário de assuntos jurídicos do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Ademir Vidolin, ontem, de maneira geral, as agências já estavam cumprindo as medidas. "Visitamos as agências e orientamos pedindo que as providências sejam tomadas", disse.

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