Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, enfrenta mais uma vez dificuldades para combater a dengue. Esta semana, a administração decretou estado de alerta no combate ao mosquito, após ter recebido notificação do Ministério da Saúde pela ineficácia no combate à dengue.
Os casos notificados chegaram na última semana a 5.595, enquanto os confirmados atingiram a marca de 2.931 casos, um dos três índices mais altos em dez anos. Com notificações sendo realizadas mesmo durante o frio, a preocupação é que possa ocorrer uma infestação até o final do ano, além do risco de se confirmar a circulação do sorotipo 4, inexistente em outros anos. A notificação encaminhada ao município aponta frentes deficientes no combate ao mosquito e dão prazo de 15 dias para novas ações. A falta de agentes de endemia desde 2011 seria um dos principais focos da cobrança feita pelo ministério. Hoje atuam na frente 90 dos 180 agentes necessários para o trabalho com a comunidade. As contratações não ocorreram este ano devido ao pedido de moratória da administração.
O histórico de problemas também foi lembrado no documento, que apontou o uso indiscriminado de inseticidas (e fora dos padrões estabelecidos pelo programa) em novembro de 2011 - quando o então prefeito Paulo MacDonald distribuiu 90 mil frascos de veneno para o combate ao mosquito.
A busca por soluções obrigou a administração a tomar medidas imediatas, como a contratação emergencial de novos agentes e a formação de um comitê, com a participação de representantes de todas as secretarias, para unificar ações contra o mosquito.
Agora, o município corre contra o relógio e tenta amenizar os efeitos de uma possível epidemia. Na manhã desta terça-feira (20), uma força tarefa da Sanepar e da Vigilância Sanitária visitou a periferia da cidade para verificar a necessidade de aterramento de antigas fossas. Já estão previstas também ações junto às secretarias de Educação e Esporte. As ações de combate foram antecipadas em dois meses com a força tarefa.
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