A atenção de especialistas de todo o mundo, neste momento, está voltada para o Hemisfério Norte e em como se dará o comportamento da nova gripe, durante o inverno que está chegando por lá. O temor é que uma combinação de dois problemas aconteça: uma nova onda de gripe suína que afete os jovens antes que a vacina esteja disponível em larga escala, ao mesmo tempo em que a gripe comum atinja os idosos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma transmissão intensa e persistente da nova gripe continua sendo registrada na América do Norte. Ainda não há indícios de que a epidemia tenha atingido um ápice e o índice de contágio é superior ao das seis últimas temporadas de gripe.
No México, "foi registrado um número significativo de novos casos desde setembro, que foram observados durante a primeira epidemia de primavera", alerta a OMS. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama declarou, na última semana, a Influenza A uma "emergência nacional" o país conta milhões de casos de infecção e mais de mil mortes. A gripe suína atinge, hoje, 46 dos 50 estados norte-americanos.
Na Inglaterra, as autoridades britânicas viram os casos de gripe A (H1N1) quase dobrar em uma semana. Até o dia 17 de outubro, o governo britânico estimava que tinha havido mais de 53 mil infecções pela doença. Na semana posterior, foram registrados 27 mil novos casos. O vírus circula, ainda, intensamente na Bélgica, Irlanda, Noruega, Espanha, Suécia, Reino Unido, Alemanha e Holanda. Na Ásia Central e do oeste, também é precoce a temporada de gripe.
De acordo com Alfonso Tenório, representante da Organização Panamericana de Saúde (Opas), braço da OMS na América, o que se percebe até o momento é um incremento de casos no Hemisfério Norte, mas dentro do que já era esperado especialistas previram, corretamente, que o número de infecções iria aumentar em agosto e setembro, quando as escolas e universidades abrem para as aulas de outono. "Até agora, não há surpresas. É impossível predizer ainda o comportamento da segunda onda, em relação à agressividade, letalidade", diz.
Para o doutor Tom Frieden, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, pelas iniciais em inglês), o comportamento da nova gripe no Hemisfério Norte ainda é incerto. "Temos muitos, muitos meses pela frente, não sabemos o que vai acontecer e precisamos tomar as melhores medidas para nos proteger", afirma. "Nossa maior preocupação é que o vírus possa sofrer mutação e tornar-se mais mortal", diz.
Balanço
De acordo com o último boletim da OMS, pelo menos 6.071 pessoas morreram no mundo por causa da gripe suína desde seu surgimento, há sete meses. Os dados mostram 359 casos a mais do que o balanço da semana anterior. Houve mortes em 199 países e territórios. O continente com mais mortes é a América, com 4.399, seguido da Ásia, com 1.160, e Europa, com 300.
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