Tira-dúvidas
Qual o conceito de medicamento fitoterápico?
Eles são produzidos com princípios ativos das plantas, extraídos das flores, folhas, sementes, frutos, raízes, caule ou casca.
Qual a diferença entre planta medicinal e fitoterápico?
As plantas medicinais são consideradas matérias-primas a partir das quais é produzido o fitoterápico industrializado, comercializado em cápsulas, comprimidos, xaropes e chás em saquinhos.
A utilização da fitoterapia vai além do tratamento de sintomas das doenças. Ela também pode atuar como prevenção de alguns problemas de saúde muito comuns, como varizes, má circulação sanguínea, colesterol alto e até o mal de Alzheimer. "É perfeitamente possível utilizar medicamentos fitoterápicos no dia-a-dia como forma de prevenção", explica o professor do curso de farmácia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Silvio Miro Franchi.
Um bom exemplo de planta que possui efeitos preventivos é a Ginkgo biloba. Sua principal ação comprovada está nos flavonóides sintetizados em suas folhas. "Esses elementos melhoram a circulação, fazendo dilatação dos vasos sanguíneos e a fluidificação do sangue. Isso melhora a irrigação de todos os tecidos do organismo e previne doenças coronárias e trombose", afirma o professor.
Além disso, de acordo com Franchi, um estudo do fim do ano passado, de um hospital norte-americano ligado à Escola Médica de Harvard, descobriu indícios de que a Ginkgo biloba possa atuar como agente preventivo de tumores ovarianos. "O diretor desse hospital acompanhou 1.338 mulheres, que receberam o extrato padronizado da planta durante certo tempo. Ele constatou uma redução de 60% da incidência de tumores de ovários nessas mulheres", conta Franchi. Há também estudos que mostram que essa planta pode ainda atuar como agente preventivo de Alzheimer. "Não é a cura, mas já se acredita que ela possa ser utilizada por pessoas com histórico familiar da doença como ação preventiva."
Uma boa opção para as mulheres que já entraram na menopausa está no extrato seco obtido a partir do grão de soja. "Na semente ou no grão temos concentração de isoflavonas, que já têm ação comprovada como agente preventivo dos sintomas da menopausa. Principalmente as ondas de calor, insônia, irritação e a dor de cabeça. As isoflavonas são consideradas fitoestrógenos, porque têm uma estrutura química semelhante ao estradiol (estrogênio, hormônio feminino)", explica.
De acordo com o professor, o produto pode trazer vantagens para mulheres que fazem reposição hormonal por evitar uma série de efeitos colaterais causados pelos hormônios, entre eles o aumento na incidência do câncer de mama. "Está sendo estudada a possibilidade de usar o extrato de soja no lugar da reposição hormonal, evitando uma série de efeitos colaterais. Mas sempre é necessário conversar com o médico antes de substituir um tratamento pelo outro", diz o farmacêutico.
Mudança global
A utilização da fitoterapia caminha junto com uma série de medidas de saúde e deve ser indicada junto com uma mudança no estilo de vida da pessoa. "Não se prescreve medicamento fitoterápico sem falar de boa alimentação, de exercício físico", comenta o médico Helvo Slomp Junior, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Para o médico, ela será mais um estímulo para que a pessoa procure ingerir alimentos naturais e mais saudáveis.
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