Os médicos que prestam serviço ao Hospital Evangélico de Curitiba decidem nesta terça-feira (11) à noite se haverá paralisação do atendimento na quarta-feira (12). Uma assembleia no hospital, que ocorrerá em primeira chamada às 19 horas e em segunda chamada às 19h30 desta terça, irá analisar um pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR) para que a paralisação seja adiada pelo menos até a próxima semana.
O ato, motivado por conta de atraso no pagamentos de honorários um total de R$ 8,3 milhões, de acordo com a própria mantenedora do hospital, a Sociedade Evangélica Beneficente (SEB) --, estava decidido desde o dia 28 de agosto, após assembleia realizada pelo Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar). O MP-PR, porém, pediu um prazo maior aos médicos, em uma reunião feita na quinta-feira passada (6) com o intuito de analisar documentação referente à situação da categoria. Os documentos devem ser enviados pela SEB ao órgão público ainda esta semana.
Diálogo
Nesta tarde ocorreu uma reunião entre o Simepar e o Ministério Público do Trabalho com o intuito de buscar um diálogo entre as partes e analisar a situação contratual da categoria, como a questão do pagamento e da jornada de trabalho dos profissionais. A SEB, no entanto, não enviou representante, e uma nova reunião precisou ser marcada para o dia 24, de acordo com o presidente do Simepar, Mário Ferrari.
A questão dos honorários envolve vários fatores. Atualmente, de acordo com o sindicato, após uma ação ajuizada por um credor contra o hospital, parte dos salários dos médicos é sequestrada todo mês para pagamento de dívidas. Como o pagamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é global e não faz distinção entre honorários e outros gastos, quando o dinheiro é depositado na conta da instituição, uma parte é automaticamente transferida para o credor. Também há pagamentos que não foram repassados aos médicos desde 2006.
Os médicos afirmam que, além da exigência do pagamento de honorários, a paralisação é um protesto por melhores condições de trabalho. Por conta de dívidas que chegam a R$ 260 milhões, a instituição, de acordo com os médicos, enfrenta uma grave falta de insumos e medicamentos.
Por conta disso, os profissionais, que são contratados e recebem por produção, se recusam a trabalhar, pois alegam que o problema pode afetar a qualidade de atendimento e até colaborar para erros de procedimento.
Como a suspensão do X afetou a discussão sobre candidatos e fake news nas eleições municipais
Por que você não vai ganhar dinheiro fazendo apostas esportivas
Apoiadores do Hezbollah tentam invadir Embaixada dos EUA no Iraque após morte de Nasrallah
Morrer vai ficar mais caro? Setor funerário se mobiliza para alterar reforma tributária
Deixe sua opinião