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Médicos do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC) realizarão nesta terça-feira (28), na sede do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), uma assembleia geral extraordinária para debater a proposta oferecida pela direção do hospital referente aos pagamentos atrasados. A assembleia, que vai ocorrer em três convocações, também discutirá uma possível paralisação das atividades consideradas não emergenciais – caso a proposta não seja aceita – e demais assuntos relacionados aos direitos da categoria.

De acordo com o presidente do Simepar, Mario Antonio Ferrari, os médicos do HUEC estão há quatro meses sem receber o repasse dos pagamento das atividades prestadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) por conta de dívidas contraídas por antigas diretorias do hospital. "As gestões anteriores deixaram o Evangélico com dívidas, vítima de vários empréstimos bancários. Agora, assim que o SUS faz o pagamento dos serviços prestados pelos médicos, essas verbas são praticamente sequestradas pelos bancos, daí a dificuldade em fazer os repasses", afirma o presidente.

Para os médicos, contudo, a assembleia não traz muitas expectativas quanto aos acordos, que se não definidos, poderão resultar em paralisação de atendimentos no estabelecimento, afirma o diretor do corpo clínico do hospital, José Luiz Takaki. "É preciso aguardar para ver o que vai ser decidido. Temos que discutir todas as situações, o atraso de pagamentos, inclusive. Mas, se não houver uma negociação boa para nós [médicos], as chances de entrarmos em greve são grandes", diz o diretor.

Negociações

Conforme informações do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, os valores devidos aos médicos representam cerca de R$ 2,5 milhões , e a proposta do hospital é de quitar esses valores em setembro, outubro e novembro.

Em nota oficial, a Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), mantenedora do Hospital Universitário Evangélico, esclareceu que pagamento dos honorários referentes aos serviços prestados ao SUS é feito por meio da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e que, por questões burocráticas, esses depósitos podem atrasar alguns dias.

A assessoria de imprensa da secretaria disse, no entanto, que os pagamentos não atrasam porque existe um prazo a ser cumprido e que os problemas pelos quais o hospital vem passando é resultado da gestão de recursos. "O dinheiro que a secretaria repassa é pelo pacote de serviços prestados e não exclusivamente para os médicos. O mesmo pagamento é feito para qualquer hospital que atende a rede SUS, mas só eles estão com problemas", argumenta a assessoria.

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