Os médicos do Hospital Evangélico de Curitiba decidiram nesta terça-feira (28) iniciar uma greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 12 de setembro (quarta-feira). A deliberação ocorreu em assembleia realizada no Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná (Simepar).
O sindicato afirma que os médicos do hospital têm os seus honorários atrasados desde 2006 e que não estão recebendo com regularidade os repasses das consultas prestadas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e de convênios que não depositam os valores referentes diretamente na conta dos médicos, mas na do hospital.
Os médicos reivindicam ainda melhores condições de trabalho. "Faltam medicamentos, materiais importantes, como os para realizar cirurgias e, principalmente pessoal; médicos e enfermeiras estão sobrecarregados", diz Manoel Alberto Prestes, cirurgião plástico do Serviço de Queimados do Hospital.
Conforme informações do Simepar, os valores devidos aos médicos representam cerca de R$ 2,5 milhões e a proposta do hospital é de quitar esses valores em setembro, outubro e novembro.
Resposta
Em nota, a Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), mantenedora do Hospital Evangélico, informa, em relação aos atrasos nos pagamentos dos médicos, que reconhece a existência de "débitos anteriores, os quais já começaram a ser pagos e que devem ser quitados até o final do ano [de 2012]". A entidade diz, entretanto, que realiza mensalmente o pagamento dos honorários dos médicos.
Sobre a falta de equipamentos e medicamentos, a SEB diz que o hospital está com todas as condições para seu bom funcionamento e atendimento e que não há falta de medicamentos ou outros produtos.
A SEB também diz que mantém o diálogo com a categoria e que espera a comunicação oficial do Simepar para tomar providências a respeito da greve.
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