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Os médicos do Hospital Evangélico, em Curitiba, discutem nesta terça-feira (28) a possibilidade paralisar o atendimento na unidade para reivindicar o pagamento de salários atrasados. Eles reclamam de cinco meses de remunerações pendentes, mesma situação que levou a categoria a interromper o funcionamento do maior pronto-socorro da capital paranaense por 48 horas em julho.

"Daquela manifestação [de 48 horas em julho] para agora, não melhorou muita coisa. Por isso vamos colocar em discussão e não está descartada a realização de novas manifestações para reivindicar esses pagamentos", disse o diretor do corpo clínico do hospital, José Luiz Takaki.

Os médicos não são contratados da instituição, eles trabalham como prestadores de serviços e recebem conforme produção. Na manifestação de julho, foram canceladas 600 consultas e 100 cirurgias nos dois dias.

Sobre o protesto dos médicos, as secretarias municipal e estadual de saúde informaram, na época da manifestação, que os repasses de verbas ao hospital estavam em dia, e que o problema nos pagamentos era uma questão de administração interna do estabelecimento. Uma antecipação de recursos dos órgãos públicos chegou a ser feita, mas o impasse no pagamento dos médicos pelo hospital continua.

Outro lado

Em nota, a direção da Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), mantenedora do hospital, esclarece que, desde que assumiu a administração da entidade, em março de 2012, estabeleceu um canal de diálogo direto e transparente visando a quitação da dívida herdada das gestões anteriores. Segundo o texto, do saldo, R$ 2 milhões serão pagos conforme acordado com os médicos prestadores de serviços nos próximos três meses. "Outro compromisso assumido pela SEB, e que vem sendo cumprido desde março de 2012, é o pagamento dos honorários referente aos meses de serviços prestados", diz o texto. A nota esclarece que esse pagamento sempre é realizado quando o repasse do governo federal é feito por meio da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, para ressarcimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Por questões burocráticas, esses depósitos podem atrasar alguns dias, alega a direção.

"A diretoria da SEB não economiza esforços para manter a negociação com a classe médica e lembra que paralisações como essa só trazem prejuízo à sociedade", conclui o texto.

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