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Balões simbolizam o lançamento da campanha “Outubro Rosa” em Curitiba. Ação é voltada à prevenção do câncer de mama | Venilton Kuchler/SESA/ Divulgação
Balões simbolizam o lançamento da campanha “Outubro Rosa” em Curitiba. Ação é voltada à prevenção do câncer de mama| Foto: Venilton Kuchler/SESA/ Divulgação

Número de exames cresce mais no país

Apesar do crescimento, a alta no número de mamografias feitas no Paraná foi menor do que os resultados obtidos nacionalmente. Segundo o Ministério da Saúde, o número de exames realizados na rede pública do país aumentou 16% no primeiro semestre. Foram 2,1 milhões de mamografias nos seis primeiros meses de 2012, ante 1,8 milhão no mesmo período do ano passado.

Se for levada em conta apenas a faixa etária prioritária - 50 a 69 anos – a discrepância é ainda maior. Em todo o país, o número de mulheres que se encontram nesta faixa e que foram submetidas a mamografia pelo SUS foi 21% neste semestre. Foram 1 milhão de exames neste ano e 846 no mesmo período de 2011.

O número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná aumentou 6,8% nos primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011. No total, 172,6 mil mulheres paranaenses foram submetidas ao exame na rede pública nos seis primeiros meses de 2012 contra 160,9 mil mamografias realizadas entre janeiro e junho do ano passado.

Os números fazem parte de um balanço divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério da Saúde, por conta do "Outubro Rosa", campanha realizada em âmbito mundial com o objetivo de alertar as mulheres para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Na faixa considerada prioritária pelo Ministério – entre 50 e 69 anos – o índice de exames realizados foi o mesmo: 80,3 mil paranaenses passaram por mamografia no primeiro semestre deste ano, enquanto no mesmo período de 2011 foram realizados 74,8 mil exames pelo SUS no estado.

A rede pública de saúde do Paraná conta com 206 mamógrafos, disponibilizados para diagnosticar gratuitamente o câncer de mama. O estado também possui 17 Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacom), cinco Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacom), e serviços de oncologia pediátrica e de radioterapia.

Em nota, o ministro Alexandre Padilha atribuiu o aumento dos exames realizados à ampliação dos serviços de diagnóstico na rede pública.

Curitiba

Até agosto deste ano, mais de 24,6 mil mulheres procuraram unidades municipais da rede pública da capital paranaense para serem submetidas ao exame de mamografia. Segundo a prefeitura de Curitiba, o município tem capacidade para realizar o dobro de exames no mesmo período.

Na capital, a Secretaria Municipal de Saúde traçou uma estratégia específica: as mulheres são convidadas a fazer a análise clínica no dia do aniversário. Os convites são entregues pelos agentes comunitários de saúde. As equipes aproveitam a visita das mulheres para realizar outros exames.

Faixa prioritária

As mulheres a partir de 50 anos concentram 59% do número de casos da doença, que é a primeira causa de mortalidade feminina por neoplasias. A taxa de incidência é de 67 por 100 mil mulheres e a de mortalidade de 22,9 por 100 mil. Isso significa a ocorrência, em média, de cerca de 600 casos novos e 200 óbitos por ano.

Prevenção

O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Anderson Silvestrini disse que o diagnóstico precoce do câncer de mama pode contribuir para reduzir entre 90% e 95% o risco de morte pela doença. Quando o câncer de mama é detectado tardiamente as chances de sobrevivência das mulheres é de apenas 30%, segundo o especialista.

Silvestrini estima que, dos 12 milhões de novos casos diversos de câncer que devem surgir no mundo em 2012, cerca de 1,3 milhão deverão ser câncer de mama. "Só no Brasil serão cerca de 50 mil casos novos em 2012", disse, em nota enviada por sua assessoria.

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