São Paulo - Depois de ter declarado que ainda é prematuro afirmar que a pior fase da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, já passou, o comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse ontem que vai se reunir novamente dentro de algumas semanas para rever o status da gripe e que ainda há motivos para preocupação.

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No entanto, o comitê deixou claro que a pandemia da gripe A não é tão grave como se pensava. "Essa pandemia parece ser menos severa do que outras do século 20’’, disse Keiji Fukuda, especialista da OMS.

Segundo ele, as principais preocupações atuais do comitê são os níveis crescentes da gripe na África ocidental e um possível aumento da transmissão do vírus durante o inverno do He­­misfério Sul.

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Até agora, a OMS confirmou 16.226 mortes decorrentes da gripe, mas o número real, que deve ser contabilizado daqui a um ou dois anos, pode ser bem maior, já que muitas vítimas ainda não foram diagnosticadas com o vírus.

Polêmica

A revisão do status da pandemia foi anunciada depois que a OMS se viu no centro de uma polêmica em que médicos, especialistas e parlamentares europeus a acusaram de exagerar o alerta para beneficiar a indústria farmacêutica. Fabricantes da vacina, como a suíça Novartis, registraram lucro recorde no ano passado. De acordo com a agência de notícias EFE, que cita analistas, as indústrias farmacêuticas ganharam cerca de US$ 7 bilhões com a pandemia.

Em janeiro, a entidade defendeu seus laços com parceiros do setor privado como "essenciais para alcançar seus objetivos em saúde pública hoje e no futuro’’ e atribuiu o impacto menor que o inicialmente previsto do vírus A (H1N1) ao fato de ele ser "diferente de outros vírus’’ e à rapidez das ações para contê-lo, após análises laboratoriais indicarem sua força.

A primeira etapa da vacinação contra o vírus da gripe no país começará no dia 8 de março e terminará no dia 19. Ela será direcionada a profissionais da saúde envolvidos no atendimento aos pacientes e às comunidades indígenas.

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