A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quarta-feira (29) aos governos para proibirem qualquer tipo de publicidade promovida pela indústria de cigarros, incluindo as formas "alternativas" como a promoção de eventos esportivos e a aparição de cigarros em filmes ou séries, que buscam "seduzir" os jovens.
"Proibir a publicidade, a promoção e os patrocínios (das marcas) de cigarro é uma das melhores formas de evitar que os jovens comecem a fumar", disse em entrevista coletiva o diretor do departamento de Prevenção de Doenças Não Transmissíveis da OMS, Douglas Bettcher.
Foi o que disse o funcionário internacional por causa do Dia Mundial Sem Tabaco que será comemorado na próxima sexta-feira e que enfocará a necessidade de vetar toda promoção ou publicidade do tabaco, táticas de venda da grande indústria às quais estão expostos 78% dos jovens de todo o mundo entre 13 e 15 anos.
"Um terço dos jovens que experimentam o cigarro fazem isso como consequência das estratégias de publicidade promovidas pela indústria", insistiu Bettcher, que acrescentou que a maioria dos consumidores de tabaco apresenta forte dependência antes dos 20 anos.
O dirigente da OMS explicou que a indústria do tabaco é "persuasiva" e sabe que a promoção do produto é uma das formas mais efetivas de criar novos viciados, especialmente entre a faixa juvenil, as mulheres e nos países em vias de desenvolvimento.
"Mas nós sabemos que a proibição da publicidade é a melhor forma de reduzir o consumo de tabaco. Por isso é necessário um veto total da publicidade, promoção e patrocínio, e não só parcial", declarou.
Bettcher afirmou que o problema surge quando alguns países impossibilitam um tipo de publicidade e a indústria do tabaco busca formas "mais alternativas", como oferecer cigarros de graça a adolescentes em espaços de lazer, brindes com logotipos de marcas desses produtos ou a aparição de artistas fumando na televisão.
Nesse sentido, o especialista deixou claro que a Convenção-Quadro contra o Tabaco, adotada em 2003 e ratificada por 176 países que representam 88% da população, é muito explícita quando inclui a proibição total de qualquer tipo de publicidade, incluindo as formas que estão surgindo.
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