Feto é operado dentro da barriga da mãe
Um feto de 28 semanas de gestação teve uma válvula do coração desobstruída dentro do útero da mãe no dia 3 de novembro no Hospital Cardiológico Costantini, em Curitiba. O procedimento, chamado de valvuloplastia aórtica intra-útero, foi o primeiro realizado no Paraná.
O primeiro implante de coração artificial do Sul do país foi realizado há uma semana em Curitiba. A cirurgia, que ocorreu no dia 4 de novembro, ficou a cargo da equipe de cardiologia do Hospital Milton Muricy em um paciente cujo nome não foi informado que sofre de miocardite, doença que causa a inflamação do músculo do coração e a consequente falência do órgão.O paciente, de 30 anos, descobriu a doença há cerca de um mês, mas o seu estado se agravou na última semana. "Tentamos vários outros tratamentos para controlar a inflamação, entre eles o uso de medicamentos e a introdução de um balão intraórtico, que serve para diminuir o esforço cardíaco, mas não houve melhora. Por isso optamos por realizar o implante do ventrículo artificial, que fará o bombeamento do sangue, enquanto o coração natural do paciente permanece dentro do organismo, mas em repouso", explica o coordenador de cirurgia cardiovascular do Hospital, Vinícius Woitowicz. O paciente permanece na UTI do hospital.Os médicos implantaram o sistema de suporte circulatório AB5000, fabricado pela empresa norte-americana Abiomed. De acordo com o cirurgião cardiovascular Luiz César Guarita, esse dispositivo é atualmente o mais seguro e também o único usado no Brasil. "Já existem modelos que substituem totalmente o coração natural, como o Abiocor, mas eles ainda estão sendo testados e causam muitos efeitos colaterais", conta. O AB5000 foi aprovado pelo Food And Drug Administration há 10 anos e é o único modelo de coração artificial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O médico lembra que o coração artificial não é um substituto para o coração natural, mas sim, uma solução temporária para a doença. "O dispositivo reduzirá o trabalho do miocárdio, o que pode contribuir para a diminuição da inflamação e a recuperação do órgão. Se a melhora não ocorrer, o paciente terá de fazer o transplante. Ele já entrou na fila como prioridade, pois não poderá ficar com o coração sintético por mais de um ano por causa do desgaste que a bomba sofre", avisa.
Além do paciente paranaense, outros dez pacientes brasileiros já receberam o dispositivo: quatro em Fortaleza, quatro no Rio de Janeiro, um em São Paulo e um em Brasília. Também fazem parte da equipe que realizou a cirurgia os médicos Rubens Darwich e Francisco Pupo.
Coração nacional
No Brasil, o protótipo de um coração artificial auxiliar está sendo desenvolvido pelo departamento de bioengenharia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, em parceria com o Hospital do Coração (Hcor).
O dispositivo contará com dois ventrículos e será implantado dentro do organismo, mas não substituirá o coração natural como o Abiocor. O objetivo do aparelho é prolongar o tempo de vida de pacientes com o coração extremamente debilitado e que precisam de um transplante, até que surja um doador compatível. O aparelho deve entrar na fase de testes clínicos com humanos a partir do ano que vem.
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