Tira-dúvidas
Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :
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O secretário de Saúde de Londrina, Agajan Der Bedrossian, mostrou-se preocupado com a diminuição dos cuidados para prevenir a gripe A H1N1. Segundo o secretário, medidas de prevenções básicas, como lavar as mãos, estão deixando de ser rotina. "Alertamos as pessoas para o fato de que a nova doença está perdendo força, mas ainda não acabou. Estamos percebendo uma diminuição na preocupação das pessoas, principalmente dos jovens que sempre estão em grande aglomeração", disse.
Esse "relaxamento" também está sendo sentido nas farmácias, onde a procura por álcool gel caiu consideravelmente nas últimas semanas. Segundo a farmacêutica da Drogamais, Hilda Sakashita, enquanto na época do pico da pandemia eram comercializados até 50 produtos (entre embalagens grandes e pequenas) nos últimos dias a procura quase não existe. "Antes a procura era constante. Nesta quarta, vendi apenas um álcool gel, depois de dias sem vender nada. Os atacadistas estão até baixando o preço do produto para tentar vender para as farmácias", disse.
Na Rede Vale Verde a procura por álcool gel caiu 80%. O diretor comercial, Rubens Augusto, disse que no início de agosto eram comercializadas até 500 unidades do produto. "Com essa queda, percebemos que não está havendo a reposição do material, pois as embalagens mais vendidas foram as pequenas. Isso indica que as pessoas não estão usando mais o álcool gel como antes", afirmou.
O último balanço oficial da gripe A H1N1 em Londrina, divulgado no final da tarde de terça-feira (8), mostrou que houve um aumento no número internações com suspeita da doença. De acordo com o levantamento, 100 pacientes ocupam leitos comuns e 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No balanço da sexta-feira (4), 69 pessoas estavam internadas em leitos comuns e 22 em UTI.
Bedrossian informou que a Secretaria está atenta para esse aumento e está investigando as possíveis causas que levaram a esse "soluço", como classificou. "Nas epidemias esses pequenos surtos são chamados de soluços. Tivemos o feriado prolongado, onde ocorreu uma grande circulação de pessoas chegando e saindo da cidade. Nessa época, as pessoas também deixam os cuidados mais soltos. Ainda não temos uma avaliação final do que aconteceu", explicou.
Segundo o secretário, uma análise melhor da situação sairá com os dados do balanço oficial desta quarta-feira. "Esperamos os dados deste levantamento para, junto com a análise de outros fatores, como o climático, traçarmos a situação real da doença", afirmou.
Em relação ao número de pessoas atendidas no Centro de Referência, localizado no Pronto-Atendimento Municipal (PAM), Bedrossian disse que houve uma diminuição da procura. "Pelos últimos relatos, houve uma queda no número de pessoas que procuraram o PAM com sintomas da nova gripe. Isso faz com que ficamos ainda mais alerta para descobrir o motivo desse aumento de internações", disse.
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