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O dicionário Michaelis define carnaval como época de "afrouxamento das normas morais" e "irromper de recalques". Por ser um momento de diversão, deve ser aproveitado com responsabilidade. Leve da festa somente boas lembranças.

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Doenças do beijo

Uma série de doenças podem ser transmitidas pelo beijo na boca: cárie, gengivite, herpes, tuberculose, hepatite, sífilis, aids, gonorreia e mononucleose (infecção por vírus que provoca febre, dor de garganta e inflamação dos glânglios linfáticos). "Elas ocorrem por contato com saliva e sangramentos", explica o dentista Wellington Zaitter, professor do curso de Odontologia da Universidade Positivo. Uma gengiva inflamada pode sangrar facilmente pelo simples atrito com a língua. Segundo o dentista, se uma pessoa contaminada pelo vírus da aids tiver sangramento na boca e entrar em contato com um corte da boca do outro, é possível ocorrer a transmissão. "Tenha uma noção básica do que é uma boa condição bucal". Uma dica é perceber se há lesão no lábio do parceiro ou se ele está utilizando alguma pomada.

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Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)

Muitas pessoas ingerem bebida alcoólica e drogas no carnaval e ficam mais vulneráveis. Elas acabam deixando de lado cuidados como sexo seguro, correndo risco de contrair Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) ou engravidar. "O preservativo é a única coisa que previne as DSTs", alerta Wilsa Zemere, técnica de vigilância epidemiológica de DST da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A maior preocupação é com a aids. "Meninas de 13 a 19 anos estão dando um pique na epidemia. A maioria tem como parceiros usuários de drogas". Nessa faixa etária são registrados de 30 a 40 casos por ano, 3,5% do total, segundo a Sesa. No Paraná, o foco da prevenção no carnaval é o Litoral. Até o fim do verão serão distribuídos 800 mil preservativos nas areias das praias.

Bebidas alcoólicas

Se a folia for regada a muita bebida alcoólica, é fundamental haver reposição de líquidos. "O álcool desidrata o corpo e provoca pressão baixa, taquicardia e sensação de boca seca, o famoso gosto de cabo de guarda-chuva", afirma o clínico geral João Carneiro, do Hospital Vita. Uma dica é intercalar a ingestão de álcool com suco, água mineral, água de coco ou isotônico, para evitar a ressaca. "Se ela bater, o jeito é tratar com medicação específica e comer doce para repor glicose", diz. Carneiro explica que o exagero pode causar consequências graves. "Pode haver danos neurológicos irreversíveis, como falta de memória e confusão mental". E não esqueça: se beber, não dirija!

Alimentação

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A dica é fazer todas as refeições regularmente, com três horas de intervalo entre uma e outra, para dar tempo de digerir. "Coma frutas frescas, saladas e boa quantidade de carboidratos, como macarrão, pão e cereais", diz a nutricionista Lili Purim, presidente do Conselho Regional de Nutricionistas – seção Paraná. A especialista reforça a importância de manter o nível de hidratação com a ingestão de muita água. "O folião pode perder facilmente um quilo por hora."