A aranha-marron mede cerca de 4 centímetros de diâmetro e gosta de se esconder em roupas, sapatos, lençóis e cobertas.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Arquivo/Gazeta do Povo

É no verão que as aranhas-marrons costumam sair de seus esconderijos com mais frequência, em busca de alimentos. Medindo em torno de quatro centímetros, esse aracnídeo se esconde em roupas, toalhas, lençóis e calçados. Ao mexer nesses objetos é que o ser humano tem mais chances de levar uma picada. Mesmo com as atenções voltadas agora para a eliminação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, é preciso não descuidar da arranha-marrom. Nos últimos três anos, o Paraná registroue, média, 4,2 mil acidentes com aranha-marrom por ano, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

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Comuns na Região Sul do Brasil, esses aracnídeos não são por natureza agressivos. “Elas picam quando estão em um local e são pressionadas e espremidas,” explica a bióloga Gisélia Rubio, da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Sesa.

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Serviço

Em caso de acidentes é possível telefonar para o Centro de Controle de Envenenamentos: 0800 41 0148

A recomendação para evitar as picadas do aracnídeo é observar e chacoalhar os calçados, as roupas e a roupa de cama para ver se o animal não está escondido nestes locais. “Em berço de criança, por exemplo, não é para deixar o mosquiteiro encostado no chão, pois facilita que a aranha suba. É bom também observar as caixas de brinquedos das crianças”, recomenda.

Picada

Gisélia ressalta que a picada da arranha-marrom é geralmente imperceptível na hora. O mais comum é a pessoa perceber o animal morto no lençol no dia seguinte. Posteriormente, porém, num período entre seis e doze horas, a picada causa dor, queimação e inchaço. O veneno – dependendo da quantidade inoculada – pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e, em um porcentual mínimo, levar à morte. “Por mais que seja um veneno grave, são raros os casos em que há danos renais. Mas quem estiver com suspeita de uma picada da aranha marrom deve procurar um serviço médico o quanto antes”, adverte o também biólogo Marcelo Vetorello, do Centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde de Curitiba. A capital registrou no ano passado 741 casos de picadas do aracnídeo.

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Ele explica que a aplicação de soros é destinada a casos graves e em até 36 horas depois da picada. “Passado esse prazo, o soro não surte mais efeito”, diz Vetorello.

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Gisélia ressalta que nunca se deve passar nada no local da ferida sem a recomendação do médico. “Isso pode provocar uma infecção. Nada de passar cebola, alho, borra de café ou qualquer outra coisa”, ressalta a bióloga.

Espécies

Apesar de parecer todas iguais, o Brasil possui 11 espécies de aranha-marrom. O Paraná possui quatro espécies.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]