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Fique de olho nos sinais de bicho geográfico e de micose pano branco após a temporada de verão | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Fique de olho nos sinais de bicho geográfico e de micose pano branco após a temporada de verão| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Os problemas de saúde característicos do verão vão além dos cuidados com queimaduras de sol e intoxicações alimentares. A época é conhecida também por elevar os casos de micose e problemas de pele transmitidos por fungos, bactérias e germes presentes na areia da praia.

A lista de doenças é extensa e a mais comum é a popularmente conhecida como bicho geográfico, transmitida pelas fezes de cães e gatos na praia. Os sintomas da infecção são coceira e a formação de bolhas que vão se espalhando pela pele, principalmente na área dos pés e nádegas. A coceira pode fazer com que as sujeiras da unha causem um problema ainda maior, piorando a infecção.

"Para evitar tanto essa como outras doenças transmitidas pela areia, o ideal é não levar cachorro para a praia e evitar andar sem chinelo. Sempre que for pegar alguma coisa, ir com os pés calçados, também evitar sentar diretamente na areia", recomenda a dermatologista Márcia Costa.

As praias que recebem esgoto e que são bem movimentadas podem apresentar maiores índices de contaminação. "Depois que eu tive a doença, sempre fico de olho em quem traz cachorro pra praia e brigo mesmo. Mesmo que o animal seja limpinho, ali não é o lugar dele", conta Thaís Farias, de 32 anos.

Dias depois de aproveitar a praia, algumas manchas brancas podem aparecer na pele. A chamada micose de praia, também conhecida como pano branco se espalha pelo corpo rapidamente se não for tratada. Como as características e os sintomas são muito fáceis de perceber, os dermatologistas podem diagnosticá-la sem exames.

Poucas pessoas sabem que a água do mar é mais limpa que a areia, quando o assunto é a transmissão da micose. "A água da praia é sempre renovada, ela está sempre em movimento, com o sol batendo, então ajuda a eliminar os agentes infecciosos, ao contrário do que acontece com a água e areias paradas", esclarece Márcia Costa.

Piscinas

Nas piscinas o risco de contaminação com micoses pode ser considerado ainda maior, mesmo com o cuidado de frequentar apenas aquelas limpas onde são exigidos laudos médicos comprovando a saúde da pele.

"O problema das piscinas é que a água fica parada, principalmente nas laterais, onde as pessoas sentam. Como ela fica quentinha por pegar sol a tarde toda, ela pode transmitir micoses", diz a dermatologista.

Para fugir do problema, é importante pesquisar se a piscina é corretamente higienizada, sempre utilizar chinelo ao andar em torno dela, evitar ficar muito tempo com a roupa molhada, mesmo que seja roupa de banho.

Além disso, é sempre indicado estar atento se a piscina tem reagentes que apontam urina na água. Além de ser anti-higiênica, a urina pode causar irritações na pele e nos olhos dos banhistas.

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