Quando uma dor de cabeça e um incômodo nos olhos perturbaram a aposentada Terezinha Dardin Griter Franco, 75 anos, sua filha desconfiou que a mãe pudesse estar perto de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Elas correram para o hospital.
"Ela reclamou do olho esquerdo, então pedi que seguisse meu dedo com os olhos. Enquanto o olho direito acompanhava o movimento, o esquerdo não se movia corretamente", diz Karine Franco Becker. Terezinha também havia perdido temporariamente a noção de espaço e equilíbrio e precisou de ajuda para se locomover.
Exames de ressonância magnética revelaram que o sangue tinha dificuldade de chegar ao cérebro de Terezinha devido ao entupimento das duas artérias carótidas responsáveis por levar sangue do coração ao cérebro. Ela havia sofrido um acidente isquêmico transitório (AIT), sinal de que um AVC isquêmico poderia acontecer.
Após a colocação de um stent em cada artéria, o fluxo sanguíneo voltou ao normal, mas um coágulo se deslocou para o lobo frontal do cérebro, o que causou impactos temporários na fala de Terezinha. "Hoje, dois meses depois, ela está melhor, mas ainda tem dificuldade para se lembrar de algumas palavras, que parecem fugir durante a conversa", conta Karine.
A pedido de seu neurologista, agora Terezinha tenta largar o cigarro, hábito que mantém há 50 anos. "Parece que a vontade vem a cada cinco minutos", conta ela.
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