Terezinha Franco, 75 anos, sofreu acidente isquêmico transitório, em julho| Foto: AntonioMore/ Gazeta do Povo

Quando uma dor de cabeça e um incômodo nos olhos perturbaram a aposentada Terezinha Dardin Griter Franco, 75 anos, sua filha desconfiou que a mãe pudesse estar perto de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Elas correram para o hospital.

CARREGANDO :)

"Ela reclamou do olho esquerdo, então pedi que seguisse meu dedo com os olhos. Enquanto o olho direito acompanhava o movimento, o esquerdo não se movia corretamente", diz Karine Franco Becker. Terezinha também havia perdido temporariamente a noção de espaço e equilíbrio e precisou de ajuda para se locomover.

Exames de ressonância magnética revelaram que o sangue tinha dificuldade de chegar ao cérebro de Terezinha devido ao entupimento das duas artérias carótidas – responsáveis por levar sangue do coração ao cérebro. Ela havia sofrido um acidente isquêmico transitório (AIT), sinal de que um AVC isquêmico poderia acontecer.

Publicidade

Após a colocação de um stent em cada artéria, o fluxo sanguíneo voltou ao normal, mas um coágulo se deslocou para o lobo frontal do cérebro, o que causou impactos temporários na fala de Terezinha. "Hoje, dois meses depois, ela está melhor, mas ainda tem dificuldade para se lembrar de algumas palavras, que parecem fugir durante a conversa", conta Karine.

A pedido de seu neurologista, agora Terezinha tenta largar o cigarro, hábito que mantém há 50 anos. "Parece que a vontade vem a cada cinco minutos", conta ela.