As visitas de policiais militares de folga em busca de criadouros do Aedes aegypti começarão em janeiro inicialmente em 20 municípios paulistas, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (23), pelo governo de São Paulo, que também lançou a sala de comando e controle estadual das arboviroses, espaço que reunirá, além de representantes do governo estadual, membros das prefeituras, do Exército, da Defesa Civil entre outros órgãos.
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A sala de comando terá como principal objetivo monitorar a presença do mosquito no estado e a evolução dos casos de dengue, chikungunya e zika. Em 2015, São Paulo teve a pior epidemia de dengue da história, com mais de 630 mil casos confirmados da doença e 450 mortes. A maior preocupação para o próximo verão é a disseminação do zika vírus, relacionado ao aumento de casos de microcefalia no País.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, os municípios que receberão o reforço de até mil homens da PM foram escolhidos com base em “critérios de infestação e transmissibilidade”. Integram a lista, além da capital paulista, Campinas, Araçatuba, Ibitinga, Bauru, Tupã, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, São Vicente, Guarujá, São Sebastião, Ourinhos, Andradina, Birigui, Fernandópolis, Sertãozinho, São José dos Campos e Guaíra.
“A Polícia Militar dará o apoio, não fará o papel de agente de saúde. Foi constatado, desde o ano passado em relação à dengue, que, em alguns locais, as pessoas têm medo de atender os agentes de saúde e permitir que eles ingressem nas suas residências. Nesses locais, a presença da Polícia Militar dará uma tranquilidade maior aos indivíduos para que eles possam permitir o ingresso”, disse o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes.
Para tentar atingir a meta estipulada nesta terça, 22, pelo governo federal de vistoriar todos os imóveis brasileiros até o dia 31 de janeiro, o Estado de São Paulo terá mil agentes de controle de endemias, mil homens do Exército e mil vagas para policiais militares de folga. O governo estadual também anunciou uma parceria com igrejas e estudantes secundaristas para que voluntários façam campanhas de conscientização contra o mosquito. Participarão da iniciativa fiéis e líderes das igrejas Universal do Reino de Deus e Brasil para Cristo e integrantes da União Estadual de Estudantes de São Paulo.
O secretário da Saúde, David Uip, afirmou que, conforme orientação do Ministério da Saúde, os agentes comunitários de saúde também farão o trabalho de vistoria. “Nós nos incorporamos nessa decisão federal, é muito trabalho, é muito difícil, mas é uma meta a ser alcançada (visitar todos os imóveis)”, disse.
Aplicativo
Uma das funções da sala de controle será receber imagens do possíveis focos do mosquito enviados por qualquer cidadão por meio de um aplicativo que será lançado até 10 de janeiro. “Assim que o cidadão tirar foto, já é geoprocessado e sabemos a localização. Isso é importante para que a gente entenda onde está o foco e priorize as ações de combate”, disse o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil.
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