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Dicas

Aprenda a evitar o mal-estar causado pela pressão baixa:

- Hidrate o corpo tomando pelo menos 2 litros de água diariamente.

- Alimente-se em menores quantidades e mais vezes por dia.

- Mantenha hábitos de vida saudáveis, fazendo atividade física e evitando cigarro e bebidas alcoólicas.

Fontes: médicos cardiologistas José Carlos Moura Jorge, Marcus Bolívar Malachias e José Antônio Pantarolli.

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Mito

Nada de sal! O certo é água

Ao contrário do que muitos pensam, é melhor hidratar o corpo do que colocar sal embaixo da língua, para combater os sintomas da hipotensão. "Os mecanismos de compensação do nosso corpo são rápidos. Quando há uma queda de pressão, todo o organismo trabalha para que ela volte ao normal. E ele funciona melhor se os vasos sanguíneos estiverem com mais líquido", diz o médico José Carlos Moura Jorge. A dica é tomar água, leite ou isotônico.

"Pressão baixa, vida longa". O dito popular que sugere que pessoas com hipotensão (pressão arterial abaixo do recomendado) levariam uma vida mais saudável é endossado até hoje por alguns médicos. Segundo eles, esse "privilégio" diminuiria o risco de um enfarte ou derrame – já que os indivíduos teriam menos tendência a sofrer das complicações causadas pela hipertensão (pressão alta). Em contrapartida, essa ideia gera controvérsia. Outros especialistas ainda duvidam do fator positivo e apontam: ela pode levar a outras doenças.Segundo o presidente do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Car­­diologia, Marcus Bolívar Ma­­lachias, a pressão baixa pode trazer benefícios à circulação e ao coração. "O nível mais baixo da pressão não é considerado doença e até protege o indivíduo de problemas causados pela hipertensão, pois o fluxo sanguíneo não agride as artérias", afirma.

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O médico e professor de cardiologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) José Carlos Moura Jorge concorda, mas alerta: "Isso não significa que quanto mais baixa a pressão, melhor. Há um limite. A pressão máxima abaixo de 100 mmHg [milímetros de mercúrio] pode ser prejudicial, porque pode não ser forte o suficiente para alcançar a circulação periférica", indica o médico.

Certas condições – como calor, desidratação, hipoglicemia ou fatores emocionais – podem baixar a pressão além do normal e causar fraqueza, tontura, mal-estar e até desmaios. Nessas situações, o corpo não consegue trazer a pressão de volta ao normal, ou não faz isso rápido o suficiente. Segundo os médicos, não é preocupante se ocorre ocasionalmente; já se é algo corriqueiro, é me­­lhor procurar um especialista.

Em alguns casos, a pressão baixa pode ser perigosa. "É claro que a hipotensão é menos danosa que a pressão alta, mas nem por isso chega a ser benéfica para nosso corpo. A redução no fluxo sanguíneo pode levar à deficiência de oxigenação do cérebro, causando complicações", reforça o médico cardiologista da Paraná Clínicas José Antônio Pantarolli.

A situação mais grave de hipotensão é provocada pelo choque – quando a pressão do sangue nas artérias é insuficiente para manter a irrigação dos tecidos. "É o que pode acontecer em hemorragias, reações alérgicas, traumatismos e doenças do coração. Se não for tratada a tempo, pode ser fatal", afirma Malachias.

Como identificar

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Um indivíduo possui hipotensão quando sua pressão arterial (força que o sangue exerce contra as paredes das artérias à medida que é bombeado pelo coração) é inferior a 120 mmHg de sistólica e a 80 mmHg de diastólica – popularmente conhecido como "12 por 8". Esse índice é considerado ideal para um indivíduo adulto saudável. De acordo com especialistas, a maioria das pessoas que sofre de pressão baixa não apresenta sintomas. Eles somente são sentidos quando há queda brusca da pressão ou em situações extremas. Ainda não se sabe se a hipotensão é hereditária.