As experiências dos profissionais de saúde com a gripe A H1N1 estão sendo discutidas durante o 1º Simpósio Paranaense de Influenza A (H1N1), que acontece em Curitiba nesta sexta-feira (6) e sábado (7). No evento será analisado como se deu o desenvolvimento da doença no Hemisfério Sul e o que será preciso modificar no diagnóstico e no tratamento da doença no próximo inverno ou se houver uma segunda onda da pandemia.

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Isso porque as autoridades de saúde alertam que o vírus H1N1 não parou de circular, por isso os cuidados com a higiene devem ser mantidos. O superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná, José Lúcio dos Santos, explica que o vírus não se dissemina com tanta intensidade no calor. Porém, o inverno se aproxima no Hemisfério Norte e pode haver a difusão do vírus e uma segunda onda da doença, por isso é preciso manter o monitoramento da nova gripe.

Santos disse ainda que o debate sobre a vivência dos médicos, técnicos, gestores, entre outros profissionais, durante a fase mais intensa da gripe A no Hemisfério Sul servirá para que haja padronização no atendimento e sejam discutidas as dúvidas com relação ao tratamento. "Debateremos desde a triagem dos pacientes nas unidades de saúde até o tratamento nos casos graves, nos quais foi necessário o internamento em UTI. Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também terão representantes no simpósio.

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Profissionais de saúde da Argentina e do Chile também participam do simpósio, e com isso se poderá discutir uma realidade ainda mais intensa do que foi vivida no Paraná. "O mesmo valerá para profissionais de cidades do interior que não registraram casos graves, pois poderão aprender mais sobre a realidade da doença", disse o superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná. Outras questões debatidas no evento serão os principais sintomas da gripe A H1N1, a evolução da doença, a faixa etária mais atingida, o sequenciamento genético do vírus, a preparação dos sintomas, entre outras.

Simpósio

O evento deve contar com a participação de 280 profissionais de saúde do Brasil, da Argentina e do Chile, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A abertura oficial do evento ocorreu nesta sexta-feira (6), às 18 horas, entretanto duas mesas-redondas já aconteceram nesta tarde. Em uma delas foi discutida a questão do diagnóstico clínico da gripe A e em outra o diagnosticado laboratorial, especialmente em casos como o Paraná, que conta com análise própria através do Lacen-PR (Laboratório Central do Estado).

Nesse sábado (7) as mesas-redondas serão realizadas das 8 horas às 13 horas. Apenas profissionais de saúde podem participar. As inscrições devem ser feitas no local do simpósio, na Sociedade Paranaense de Pediatria (Rua Desembargador Vieira Cavalcanti, 500, no bairro Mercês).

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