É comum, a cada fim de ano, fazer uma série de velhas promessas para o ano seguinte, em especial aquelas que envolvem a saúde: mexer mais o corpo e fazer mais exercícios, comer melhor (e menos, em muitos casos), não se render à tevê e ao computador e ir para a cama cedo, não fugir das consultas e check-ups médicos e... a lista é imensa. Mas por que não começar a cuidar de si mesmo ainda neste ano? Confira algumas dicas de saúde para sobreviver às festas que se aproximam e iniciar 2013 sem aquele peso na consciência que o corpo, invariavelmente, também sente.
Ou um ou outro
A combinação é perigosa. O energético possui cafeína, estimulante que tende a mascarar o efeito depressor do álcool, como os reflexos relaxados da embriaguez. Com isso, a pessoa não percebe os estragos da bebedeira e tende a consumir cada vez mais álcool, adotando comportamentos que podem colocá-la em risco. Estudos do FDA, estatal que regula a produção de bebidas, alimentos e drogas nos EUA, comprovaram que juntar energético com bebida alcoólica aumenta a chance de dependência e destrói células neuronais.
Cuidado com a automedicação
Devido aos exageros na alimentação, é comum o aparecimento de dores de cabeça, estômago e no corpo. Nesse caso, prefira a prevenção à medicação, principalmente se ela não tiver a supervisão de um médico. Jamais tome antibióticos sem prescrição e, em caso de febres e dores muito fortes, procure imediatamente um hospital ou posto de saúde. No caso de remédios que são vendidos em farmácia sem receita, leia sempre a bula para evitar efeitos colaterais indesejados.
Dor de estômago
Em geral, a dor no estômago depois do exagero na comida ou quando se come algo estragado ou que não caiu bem pode ser curada com muita água e alimentos leves em até dois dias. Evite açúcar, que ajuda a piorar as cólicas intestinais, assim como alimentos ácidos e condimentados. Em caso de diarreia, evite comer alimentos com fibras como laranja e sementes , que aceleram o intestino. Prefira uma fruta tradicional: maçã com casca. Se a dor vem acompanhada de náusea, fique em jejum. É sempre melhor dar um tempo ao corpo para que ele se recupere do que insistir em se alimentar sem sentir fome. Uma dica que costuma ajudar é ingerir coisas básicas, como bolacha de água e sal ou o caldo do arroz que está cozinhando.
Medidas de segurança
Nunca dirija ou nade embriagado. Além disso, lembre-se de não entrar no mar após uma chuva forte (quando a água fica suja, facilitando a contaminação por micro-organismos). Jamais leve seu cachorro para a areia, pois as fezes do animal mesmo aparentemente sadio estão contaminadas por parasitas. Coloque pulseirinhas nas crianças para facilitar o trabalho dos bombeiros e de estranhos caso elas se percam.
Não perca água
Abuse da água. Por causa do calor e da ingestão de bebidas alcoólicas, que são diuréticas, o corpo tende a ficar desidratado. A água também ajuda a amenizar os efeitos do álcool e da ressaca do dia seguinte. Por isso, intercale bebidas, principalmente as destiladas, com um copo de água ou suco. Evite, no entanto, refrigerantes e sucos artificiais por causa da alta concentração de corantes, açúcar refinado e sódio. Mantenha sempre uma garrafa com água por perto.
Solidariedade não tira férias
Além de cuidar da própria saúde, também é preciso não se esquecer de quem está com a saúde debilitada. Nesta época do ano, os estoques de sangue dos hospitais costumam cair em até 25% em relação ao resto do ano. Se você atende aos pré-requisitos para doar sangue, vá ao Hemobanco de sua cidade antes de viajar.
Sem desperdício
A recomendação após a ceia de Natal ou Ano Novo é guardar sobras de comida que podem ser reaproveitadas em pequenas porções dentro dos sacos estilo ziplocks. Para as sobras do peru ou chester: esquente-as numa temperatura alta 180ºC, em média e consuma em até 20 dias se estiver guardado no freezer. Na geladeira, o prazo máximo é de três dias. Evite reaproveitar o feijão. O arroz pode ser consumido em até dois dias, assim como a farofa. Para sobremesas, o prazo máximo vai de um dia para as que possuem frutas com cremes até três dias para aquelas que levam ovos crus em sua receita.
Fontes: Viviane Hessel Dias, médica clínica (Hospital Nossa Senhora das Graças); Manu Buffara (chef de cozinha e blogueira da Gazeta do Povo); Corpo de Bombeiros; Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead); Hemobanco de Curitiba; Anvisa e FDA (EUA).
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