A Secretaria de Saúde de Curitiba, responsável pela gestão do sistema de atendimento de urgência e emergência na capital e região metropolitana, pensa em acionar os hospitais privados para atender os pacientes em situação de urgência. A medida excepcional pode acontecer devido ao fechamento dos prontos-socorros de dois hospitais na manhã desta quinta-feira (28). O Hospital Evangélico suspendeu o atendimento de pacientes do Siate e Samu devido ao protesto de funcionários. O Hospital do Trabalhador (HT) chegou a lotação máxima de 24 atendimentos simultâneos por volta das 10 horas.
Com a greve dos servidores técnico-administrativos do Hospital de Clínicas (HC), somente o Hospital Cajuru está disponível no fim da manhã desta quinta para atender pacientes em situação de urgência e emergência. "A situação está complicada, mas ainda estamos estáveis", disse o assessor especial de gestão da prefeitura de Curitiba, Matheos Chomatas.
Segundo ele, o Cajuru tem disponível cerca de cinco a seis leitos para novos pacientes, já que grande parte da capacidade de 24 atendimentos de emergência está ocupada. Chomatas adiantou que conta ainda com o auxílio de hospitais da região metropolitana, mas que, se a situação do Evangélico não se resolver durante a tarde, uma vez que o hospital tem capacidade para até 40 pacientes de urgência, ele poderá recorrer aos hospitais privados. "Vou deixar requisições prontas para acionar os hospitais particulares."
No limite
O sistema de atendimento de urgência e emergência de Curitiba funciona no limite e só deve ter um aumento expressivo de capacidade em 2015, quando a prefeitura pretende colocar em funcionamento um hospital na região norte da capital, segundo matéria da Gazeta do Povo nesta quinta.
A nova unidade terá 250 leitos, um pronto-socorro amplo capacitado para atender acidente vascular cerebral (AVC), enfarte e ortopedia, casos que ainda têm uma demanda reprimida no estado. Hoje, o atendimento hospitalar de urgência e emergência de Curitiba feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é concentrado em três unidades: Cajuru, Evangélico e Trabalhador, esse último, responsável por cerca de 60% dos casos de trauma. Além deles, o Hospital de Clínicas também recebe casos de urgência.
Juntos, os três hospitais recebem pacientes da capital e da região metropolitana e é comum, nos dias mais sobrecarregados, as ambulâncias terem de esperar pela abertura de uma vaga ou serem conduzidas de uma unidade para outra. O hospital a ser instalado na região norte aumentará em pouco mais de 30% a capacidade dessa rede, que tem hoje 805 leitos.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Deixe sua opinião