Segundo o médico cardiologista do Hospital Costantini Everton Cardoso Dombeck, a nova recomendação da FDA não rende muitas mudanças nos atuais tratamentos, já que a maioria dos pacientes faz uso de 10 a 20 miligramas de estatina e, somente em casos muito graves, a quantidade sobe para 40 miligramas, raramente chegando aos 80 miligramas.
"Os estudos não foram conclusivos e é reconhecido que a estatina reduz em 30% os casos de enfarte. É importante que se siga a recomendação, mas isso não significa bani-la dos tratamentos. Para pacientes com médio ou alto risco de enfarte, o uso é fundamental", diz o professor de Cardiologia da PUCPR Dalton Precoma.
Mesmo assim, os especialistas pedem cuidado com novos estudos associando as estatinas à prevenção e tratamento de diversas outras doenças, como angina, Alzheimer, osteoporose, câncer e esclerose múltipla. Para o diretor do departamento de aterosclerose da SBC, Daniel Branco de Araujo, os resultados precisam ser vistos com cautela. "Por enquanto, só temos comprovada a eficácia em casos de colesterol alto e prevenção de problemas cardiovasculares. Nos demais, os estudos ainda são inconsistentes para assegurarmos os bons resultados."
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