Escolha
O calçado deve ter a forma dos pés e não o contrário. Confira outras dicas para não errar na compra:
- Eles devem ser confortáveis desde a primeira pisada. Sapato nem sempre lasseia com o uso. Ou ele é ideal para o seu pé ou não.
- Compre calçados no fim da tarde, pois é neste momento que os pés estão um pouco inchados e mais sensíveis.
- Experimente-os com meias macias e veja se também apresentam conforto.
- Os sapatos devem ter espaço suficiente para movimentar os dedos.
- Os modelos devem possuir solas aderentes e macias para absorver os choques externos.
- A cobertura do calçado deve permitir a ventilação dos pés.
Fonte: Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé.
Que salto alto faz mal aos pés, provoca dores e outros problemas não é nenhuma novidade. O que muitas mulheres não sabem é que os calçados com salto rasteiro não são certeza absoluta de pés saudáveis. A maioria dos pacientes que sente dores e usa diariamente sapatilha ou sandália rasteirinha dificilmente as relaciona com esse incômodo. "Mas, não é exatamente assim", diz o médico ortopedista, especialista em pé e tornozelo, Adriano Zahdi Cavassim, da Clínica de Fraturas Hauer e Fraturas Norte. O salto baixo é melhor porque ocasiona uma distribuição harmônica do peso do corpo sobre o pé, mas se for de má qualidade pode causar lesões e doenças musculoesqueléticas.Um dos principais problemas deste tipo de calçado é a falta ou o pouco amortecimento, o que pode impactar no calcanhar, explica o ortopedista. A fáscia plantar, uma estrutura fibrosa espessa que fica na planta do pé, é uma das partes que mais sofre com o uso de um calçado mal escolhido, podendo ocasionar a fascite plantar, uma inflamação neste local.
Além disso, como a principal característica deste sapato é a flexibilidade, pode forçar demais os ossos da frente do pé, completa. "Com as irregularidades das calçadas, pode haver pontos de hiperpressão, tornando algumas partes do pé mais suscetíveis a inflamações", diz. Outra dica de Cavassim é o uso de palmilha para ajudar no amortecimento deste tipo de calçado.
Anatomia do sapato
Então, o que fazer? O ortopedista diz que depende da rotina de cada um. "Se a pessoa precisa andar várias quadras com sapato baixo, sem amortecimento, certamente vai sentir", comenta. "Agora, se ela trabalha sentada o dia todo, dificilmente um sapato assim vai incomodar", conclui.
Quem for fazer a escolha de um bom calçado também deve levar em conta alguns termos técnicos do mercado. Um deles é o contraforte, que fica na parte de trás do calçado. Segundo o especialista em pé e tornozelo, o contraforte não pode ser muito flexível porque assim não irá proteger devidamente o tornozelo caso a pessoa vire o pé, por exemplo, e deve ter um desenho anatômico para que não machuque esta região cuja pele não é tão espessa. Ele concorda, no entanto, que na fase de adaptação do calçado pode haver algum incômodo na região e vale lançar mão de protetores específicos ou até esparadrapo e curativos adesivos.
A câmara interna do sapato também deve ser levada em consideração. O ortopedista lembra que um sapato muito apertado pode contribuir para a famosa joanete, mesmo tendo salto baixo. A altura desta câmara interna deve ser avaliada também por quem possui os dedos dos pés curvados. Neste caso, calçados com esta região mais alta são os indicados.
Estética e proteção
Dados da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé revelam que mais de 70% da população mundial têm algum problema ou dor nos pés ao longo da vida. Esta parte complexa do corpo são nada menos do que 26 ossos e 33 juntas, além de ligamentos, músculos e tendões merece toda a atenção, principalmente na hora de escolher um sapato.
"O foco de quem vai comprar um calçado deve ser a proteção do pé", explica. Mas, muitas vezes, esta proteção é deixada de lado em detrimento à estética. Para se ter ideia, segundo o ortopedista, 80% das mulheres que usam salto alto sentem dor no pé.
Apesar dos problemas causados pela má escolha dos sapatos, Cavassim diz que tem sentido uma maior preocupação das pacientes na escolha de um calçado confortável. "É uma mudança sutil, mas existe", completa.
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