No Hospital Antonio Pedro, da Universidade Federal Flumi­nense, existem 40 crianças que participam atualmente de uma pesquisa. Uma parte delas recebe corticoide e outra ganha placebo (fármaco inerte). Os pesquisadores estão investigando se a substância ajuda a melhorar a linguagem e sociabilidade dos pacientes que têm autismo. É desse grupo que faz parte o pequeno Daniel Augusto Lopez, de 6 anos. "Não sabemos se ele recebeu placebo ou o remédio, mas ao longo do tempo ele melhorou muito", afirma a mãe Aline de Oliveira Lopes Cintra, que irá saber se o medicamento é eficaz ou não só daqui um ano.

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Mas ela está entusiasmada. "A participação foi válida, independentemente dos resultados, porque meu filho teve melhoras", diz. Para ser voluntário, porém, é preciso ser disciplinado. Aline lembra que teve de levar seu filho para fazer exames diversas vezes e ele chegou a engordar um pouco com o uso do medicamento. Ele teve também alteração na pressão e nos resultados de alguns exames como o de colesterol e glicose. "No momento em que ele apresentou as alterações, fomos à médica e ela nos atendeu muito bem. As pesquisas sérias têm acompanhamento rigoroso e isso tranquiliza a família", explica Aline.

A voluntária Soraya Aparecida Machado testou uma nova bolsa para diálise peritoneal, que ajuda na depuração do sangue para quem tem problemas no rim. "Não tive medo, fui convidada a fazer a pesquisa e estava confiante de que ia dar certo", conta. Ela não sabe se a bolsa já foi comercializada, até porque parou de fazer a pesquisa porque recebeu a notícia, no meio do experimento, de que faria o transplante. Isso ocorreu há dois anos. Hoje ela está ótima e não necessita mais usar a bolsa, mas reforça que, se precisasse participar de novas pesquisas, faria. "É claro que depende da experiência e do medicamento, mas se fosse para melhorar, toparia ser voluntária de novo."

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