Uma a cada 12 pessoas no mundo está contaminada ou com o vírus da hepatite B ou com o da C, segundo a ONG Aliança Mundial contra a Hepatite (World Hepatitis Alliance, em inglês). O grande problema é que a maioria delas pode não saber que está prestes a desenvolver a doença, porque o vírus C é silencioso e leva até 20 anos para manifestar algum sintoma no organismo. "Como a transmissão se dá por sangue contaminado, quem fez tatuagem ou usou drogas na década de 1980, por exemplo, só agora está procurando os médicos com sintomas de cirrose por hepatite C", diz o gastroenterologista da Paraná Clínicas Leiber Carvalho Caum.
E a ameaça desse vírus aumenta devido à dificuldade de cura da doença. Fatores como sexo, peso, resistência à insulina e diabetes pioram o prognóstico para o tratamento. "Há também três tipos de vírus C aqui no Brasil: 1, 2 e 3. O porcentual de chance de cura para o tipo 1 varia de 46% a 64%. Para os tipos 2 e 3, a chance chega a até 80%", explica o médico.
Já no caso da hepatite B, que costuma se manifestar em 70 dias, cerca de 80% das pessoas que têm contato com o vírus são curadas espontaneamente sem que haja a necessidade de tratamento, e apenas 20% dos pacientes desenvolvem a doença crônica. Contudo, mesmo que não haja a inflamação no fígado, apenas o contato com o vírus pode acarretar câncer no órgão no futuro.
Nos dois casos, o melhor remédio ainda é a prevenção. "Quem toma os cuidados para não contrair o vírus do tipo B acaba também se prevenindo contra o C", diz a gastroenterologista e chefe da seção de Hepatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Dominique Araújo Muzzillo.
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