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 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A perda dos movimentos do corpo aconteceu dois meses depois que o juiz Lauremi Kamaroski se aposentou, após 30 anos trabalhando na Justiça do Trabalho. Ele estava na cama, tomando café da manhã, quando de uma hora para outra notou que não conseguia se mexer. No hospital, o diagnóstico: acidente vascular cerebral (AVC).

Aos 57 anos e com início de depressão por ter se afastado da atividade que realizara na maior parte da sua vida, Lauremi se viu em um problema ainda mais grave: deitado em uma cama de hospital sem poder comer, beber e recebendo alimento por sonda após passar por uma cirurgia que retirou a calota craniana por alguns dias, para descomprimir o cérebro. "Chegaram a avisar minha família que eu entraria em óbito em poucos dias", conta.

Mas não foi o que aconteceu. De­­pois de dois meses internado, um deles na Unidade de Terapia In­­tensiva (UTI), e de perder 37 quilos, ele teve alta, mas ficou com sequelas. O lado esquerdo não mexia, ele não andava, não conseguia se vestir ou comer sozinho. "Fui para casa, mas minha família nunca aceitou que eu não pudesse mais fazer as mesmas tarefas e exercícios de antes. Para mim, o pior foi ficar sem jogar futebol e tocar violão, atividades que eu adorava fazer."

Ainda internado no Instituto de Neurologia de Curitiba, Lau­remi iniciou fisioterapia e acupuntura craniana para tentar melhorar a funções perdidas com o AVC. Mas ele e sua família queriam mais e não desistiram de alcançar a recuperação total. Em 2008, depois de três anos da doença, sua filha Karin, que é fisioterapeuta, sugeriu que fizesse pilates como terapia para resgatar o movimento.

Em dois anos frequentando assiduamente as aulas – não só de pilates mas também de hidroterapia – o quadro tornou-se ou­­tro. Lauremi passou a sentir sua musculatura mais forte e rígida e sua coordenação motora vem evoluindo bastante. Hoje ele consegue andar, embora com ajuda de uma bengala. "Ele é bastante disciplinado porque acredita muito na recuperação. Embora ainda precise de tratamento fisioterapêutico resgatou sua qualidade de vida e voltou a ter e a sentir os movimentos até então perdidos, o que é fundamental", diz a professora de pilates do Núcleo do Corpo Priscila Lacerda Bassi.

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