Um estudo brasileiro em andamento avalia uma nova técnica de cirurgia cardiovascular em crianças que, se der certo, pode evitar a necessidade de reoperaçãos à medida que o paciente cresce, como acontece hoje. O procedimento é indicado para cirurgias de troca da válvula pulmonar, realizadas no caso de diversas cardiopatias congênitas, e está sendo testado no hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
A cirurgia é feita com enxerto retirado do pericárdio (tecido que reveste o coração) bovino, que, com o tempo, sofre rejeição e calcifica, além de não crescer com a criança daí a necessidade de fazer outras cirurgias, em geral a cada cinco anos, até que o paciente entre na adolescência ou na vida adulta.
A nova técnica usa um enxerto de porco, que recebe tratamento especial, criado em conjunto por médicos de Belo Horizonte e dos Estados Unidos, para que o organismo não rejeite esse tecido, o que pode impedir a calcificação.
"As reoperações aumentam os riscos e os custos. Ainda estamos engatinhando no desenvolvimento de uma prótese eficaz em crianças, e diversos grupos buscam um enxerto melhor, diz Gláucio Furlanetto, cirurgião cardíaco pediátrico responsável pela pesquisa.
Em cirurgias com carneiros os resultados foram animadores: a prótese cresceu junto com eles e não houve calcificação. Há um ano e meio, 36 crianças receberam o novo enxerto. Os resultados ainda não são conclusivos, pois são necessários ao menos cinco anos para avaliar se haverá efeitos positivos em humanos.
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