Agente combate o mosquito: população deve continuar com cuidados| Foto: Marcos Labanca/Gazeta do Povo

Foz do Iguaçu - Enquanto a epidemia de dengue avança a passos largos no Paraná – já são dez municípios em situação de epidemia e 3,3 mil casos registrados só em 2010 –, a esperança da vacina antidengue ainda está longe. Há mais de 60 anos especialistas espalhados pelo mundo inteiro tentam descobrir a fórmula da vacina antidengue. Atualmente, a vacina está em fase de testes, mas as primeiras doses só devem estar disponíveis na rede de saúde pública por volta de 2016.

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Hoje, há pelo menos oito grupos internacionais de pesquisa que estudam a vacina, inclusive com participação de brasileiros. Os trabalhos estão em diferentes fases. Alguns grupos ainda dedicam-se a estudos iniciais para obter um composto imunologicamente adequado, enquanto outros preparam testes de fórmulas tetravalentes em seres humanos para todos os tipos de vírus da doença (Den-1, Den-2, Den-3 e Den-4).

O professor e médico Ex­­pe­dito Luna, do Instituto de Me­­dicina Tropical da Uni­versidade de São Paulo (USP), faz parte de um desses grupos que envolvem brasileiros. Coor­denado por uma instituição internacional, a Pediatric Dengue Vaccin Initiative, e associado a institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos, o grupo de Luna já desenvolveu quatro vacinas monovalentes.

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Agora, o desafio dos pesquisadores é fazer uma só fórmula para os quatro tipos de vírus. "Os quatro sorotipos de dengue apresentam respostas imunes diferentes, o que dificulta tremendamente a obtenção de uma vacina tretavalente", avalia o pesquisador do Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, Pedro Vasconcelos.

Segundo Luna, porém, a intenção do Brasil é começar a participar dos testes em seres humanos ainda neste ano ou no início de 2011. Mas, mesmo com a vacina, alertam os especialistas, a população não poderá deixar de fazer o seu papel de controle do mosquito da dengue.