A campanha de vacinação de gripe comum destinada a idosos pode ser suspensa no ano que vem. A decisão depende do comportamento que a gripe suína apresentar na temporada de frio no Hemisfério Norte e na experiência que esses países vão apresentar com o uso da vacina. Por hora, a recomendação é trabalhar como se nenhuma alteração fosse feita: a partir de abril, 20 milhões de idosos seriam convocados para a vacinação. "Mas tudo pode mudar", diz o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães.
No Brasil, a gripe suína provocou até o momento 557 mortes, com taxa de mortalidade de 0,29 por 100 mil habitantes. Assim, o País passa a ter o maior número absoluto de mortes causadas pela gripe suína, passando Estados Unidos (522) e Argentina (439). Em termos de mortalidade, o Brasil está em sétimo lugar num ranking de 16 países.
Há três argumentos para manter o calendário de vacinação no País: o êxito das campanhas anteriores, a disponibilidade da vacina, produzida pelo Instituto Butantã, e o alto número de mortes anuais provocadas pela doença e suas complicações, em torno de 70 mil. Mas há quem suspeite da eficácia da estratégia em tempos de pandemia de gripe suína. Neste ano, de todos os casos confirmados de influenza, a maioria é de gripe suína. No modelo atual, a partir de abril seriam vacinados os idosos contra a gripe comum. Pouco depois, teria início a vacinação contra a gripe suína.
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