Baixa concentração, ceticismo, cansaço físico extremo. Estas são algumas características de um risco ocupacional que tem merecido diversos estudos, a síndrome de burnout.
Segundo estudiosos, essa síndrome um dos agentes causadores de doenças profissionais segundo o Regulamento da Previdência Social do Brasil é um risco ocupacional principalmente para profissões que envolvem cuidados com saúde, educação e serviços humanos.
De acordo com o artigo Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos, dos médicos Telma Ramos Trigo, Chei Tung Teng e Jaime Eduardo Cecílio Hallak, nos Estados Unidos há lugares em que até 70% dos médicos são afetados por ela. Quem apresentava a maior porcentagem era o grupo que trabalhava nos setores de emergência, doenças infecciosas, oncologia e medicina geral. Outros profissionais atingidos são os professores. No livro Educação: Carinho e Trabalho, o doutor em Psicologia Wanderley Codo diz que estudos sobre este público apontou que 26% de uma amostra de 30 mil professores em todo o Brasil estava exausto emocionalmente.
Ana Maria Rossi, do Isma-BR, comenta que geralmente quem apresenta a síndrome são pessoas que consideram-se injustiçadas, como aquelas que não têm uma promoção profissional por mais que trabalhem para tal. Os autores do artigo mencionado acima também elencam as características de personalidade que podem levar ao burnout. Normalmente, são indivíduos competitivos, impacientes, pessimistas, perfeccionistas, controladores. Outros fatores influenciam, como o nível educacional os mais estudados têm mais probabilidade de desenvolverem a doença e o estado civil os solteiros, viúvos e divorciados também têm maior propensão à síndrome.
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