A mentira sobre a derrota da direita nas eleições. O programa Sem Rodeios desta segunda-feira (28) repercute o resultado das eleições municipais de 2024, desde o fortalecimento da direita ao esfacelamento do PT Brasil afora.
Falaremos ainda sobre a evolução dos partidos que fazem parte do "centrão" e como a esquerda tem, cada vez mais, se aliado aos partidos de centro para tentar evitar derrotas ainda mais acachapantes.
Vamos analisar, ainda, o alto número de abstenções. De acordo com os dados finais da votação, o segundo turno teve uma abstenção de 29,26%, praticamente um em cada três eleitores deixou de votar. No primeiro turno, o não comparecimento às urnas foi de 21,68%.
É a partir das 14 horas, ao vivo.
A mentira sobre a derrota da direita nas eleições
Apesar de inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrou força ao alavancar candidaturas encabeçadas pelo PL nas principais capitais do país e teve participação na reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), principalmente no segundo turno, após se manter distante da coligação com partidos de centro.
A ausência de um candidato da “direita raiz” com o apoio explícito de Bolsonaro em São Paulo também criou espaço para o outsider Pablo Marçal (PRTB), que confirmou a identificação de parte do eleitorado da direita conservadora com o movimento antissistema, o que pode voltar a se repetir nas eleições majoritárias dos próximos anos.
Eleições consagram o antipetismo
O segundo turno das eleições municipais mostrou que o antipetismo segue como uma importante força política no país, apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupar a chefia do Executivo federal. Das 26 capitais, o PT conseguiu levar apenas Fortaleza (CE), com Evandro Leitão (PT), e viu o Centrão e a direita tomarem as demais 14 capitais neste domingo (27).
No início de outubro, quando 11 capitais elegeram prefeitos no primeiro turno, o PT e alguns partidos satélites já haviam sido derrotados nas urnas. O partido de Lula perdeu em Vitória (ES) e Teresina (PI); o PSOL, em Macapá (AP) e Salvador (BA); e o PSB, em São Luís (MA).
O fracasso se aprofundou neste segundo turno, com a derrota de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo; de Maria do Rosário (PT) em Porto Alegre (RS); de Natália Bonavides (PT) em Natal (RN); de Lúdio Cabral (PT) em Cuiabá; e de Luiz Roberto (PDT) em Aracaju (SE). Quando observada a região Nordeste, importante reduto eleitoral de Lula, a esquerda também sofreu outra importante derrota. Das nove capitais, sete foram para a direita e o Centrão.
Abstenção alta preocupa TSE
A ministra Cármen Lúcia, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou neste domingo (27) que a Justiça Eleitoral fará uma pesquisa para entender os motivos que levaram à alta abstenção de eleitores nas eleições municipais deste ano.
As eleições deste ano registraram a segunda maior abstenção da história, perdendo apenas para o período da pandemia da Covid-19. Naquela eleição em meio às restrições, o primeiro turno teve a ausência de 23,2% dos eleitores e de 29,5% no segundo.
Cármen Lúcia disse que o TSE fará uma pesquisa junto dos Tribunais Regionais Eleitorais para identificar os possíveis motivos e entraves que levaram os eleitores a se ausentarem das urnas.
“Houve município que teve 16% de abstenção, e houve município com 30%”, justificou a ministra ressaltando que o TSE precisará tocar localmente as variáveis que influenciaram a abstenção.
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