Bolsonaro testa Alexandre de Moraes e cobra passaporte para posse de Trump. O programa Sem Rodeios desta quinta-feira (7) repercute a notícia de que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), vai pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que devolva seu passaporte para poder participar da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro de 2025. O documento está retido desde fevereiro quando ele foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal.
Falaremos ainda sobre a oposição brasileira que cobra andamento do Projeto de Lei da anistia, enquanto o Governo Federa enxerga a proposta "enterrada". O PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro vinham usando a tramitação da proposta como forma de barganha na disputa pela presidência da Câmara, que ocorre em fevereiro de 2025.
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Bolsonaro testa Alexandre de Moraes e cobra passaporte para posse de Trump
A defesa de Bolsonaro teve, recentemente, dois pedidos negados para reaver o passaporte dele. No mês passado, a Primeira Turma do STF alegou que a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de estado segue em andamento e que “o desenrolar dos fatos já demonstrou a possibilidade de tentativa de evasão dos investigados”.
“Se o Trump me convidar, vou peticionar ao TSE, ao STF. Agora, com todo o respeito, o homem mais forte do mundo… você acha que ele [Trump] vai convidar o Lula? Talvez protocolarmente. Quem vai convidar do Brasil? Talvez só eu. Ele [Moraes] vai falar não para o cara mais poderoso do mundo? Eu sou ex. O cara vai arranjar uma encrenca por causa do ex? Acha que vou para os Estados Unidos e vou ficar lá”, questionou Bolsonaro em entrevista publicada na Folha de S. Paulo nesta quinta (7).
Bolsonaro ainda lembrou que um dos seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem uma “amizade enorme” com Trump, tanto que foi um dos 85 convidados para acompanhar a apuração dos votos na casa do empresário na Flórida.
Oposição cobra andamento do PL da anistia
A vitória de Donald Trump nas eleições americanas energizou a direita brasileira e uma das pautas que deve voltar a ser cobrada no Congresso é o projeto de lei de anistia aos presos do 8 de janeiro. Enquanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu a decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de levar a proposta para uma comissão especial como uma forma de enterrá-la, alguns integrantes da oposição acreditam que a medida vai viabilizar que as discussões não sejam contaminadas pela sucessão do comando da Casa.
Ao Entrelinhas, programa de vídeo da Gazeta do Povo, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Caroline De Toni (PL-SC), cobrou que Lira cumpra com o acordo e instale a comissão ainda neste ano.
"Quando o projeto de lei da anistia estava prestes a ser aprovado, nós tivemos essa movimentação dos eventuais candidatos à presidência da Câmara para evitar que isso fosse tema da sessão e foi postergado para o início de dezembro. Então vamos esperar que eles cumpram a palavra e pautem na comissão especial e no plenário o projeto de lei da anistia ", disse De Toni nesta quarta-feira (6).
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