Impeachment de Alexandre de Moraes: o que falta depois do 7 /9. A manifestação de 7 de Setembro na Avenida Paulista entrou para a história por reunir milhares de pessoas em torno do impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), algo inédito na história democrática do país. E, na visão dos organizadores, transparece uma união da direita contra o ministro Alexandre de Moraes, até então inédita em protestos anteriores.
O Sem Rodeios desta segunda-feira (9) fala da expectativa pós-manifestação, a repercussão e os resultados esperados da mobilização - especialmente neste momento em que o assunto vai para a agenda do Congresso, com a promessa de senadores da oposição de apresentar um extenso pedido contra o ministro, tendo a subscrição também de cerca de 150 deputados federais.
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Impeachment de Alexandre de Moraes
Prometido como o maior ato da direita até o momento contra o ministro Alexandre de Moraes, a manifestação que tomou a Avenida Paulista neste 7 de Setembro também transpareceu, nos discursos, a ideia de reafirmar a posição do ex-presidente Jair Bolsonaro como líder da direita no país, sobretudo em razão da recente ascensão, na disputa pela prefeitura de São Paulo, da candidatura do empresário Pablo Marçal (PRTB), que tentou tirar proveito do evento no final.
Todos que falaram do alto do principal caminhão de som do ato, contratado pelo pastor Silas Malafaia, exaltaram a figura e o governo do ex-presidente, inclusive o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sempre citado como principal alternativa eleitoral da direita para a Presidência caso Bolsonaro permaneça inelegível em 2026.
O que falta depois do 7/9
O 7 de Setembro de 2024 na Avenida Paulista já entrou para a história por reunir milhares de pessoas em torno do impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), algo inédito na história democrática do país. Embora o próprio pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, tenha avaliado que, em número de pessoas, a manifestação deste sábado foi “um pouquinho menor” do que a de fevereiro, realizada no mesmo local, ela cristalizou uma união da direita contra o ministro Alexandre de Moraes, que não tinha sido vista em protestos anteriores.
“Vemos a direita mais uníssona em torno de uma pauta. Até fevereiro, percebemos que um ou outro ator político falava do impeachment de Moraes, mas no dia de ontem isso ficou mais cristalizado, em uma pauta mais veemente”, avalia o cientista político Juan Carlos Gonçalves, diretor do Ranking dos Políticos. “Nunca houve um pedido tão forte quanto este. Moraes saiu chamuscado com tudo que aconteceu ontem”, continuou.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Caroline de Toni (PL-SC), pautou o Projeto de Lei 2858/22, conhecido como o PL da Anistia, para a próxima sessão do colegiado, na terça-feira (10). A proposta garante anistia aos acusados e condenados por manifestações realizadas desde 2022 contra a eleição de Lula. Também foram apensados neste projeto propostas que incluem o perdão a manifestantes de 8 de janeiro de 2023 e a anulação do processo que tornou Bolsonaro inelegível.
Flavio Dino elogia Moraes
Em postagem nas redes sociais, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino elogiou o colega de corte, Alexandre de Moraes, alvo de manifestações no 7 de Setembro. Para Dino, Moraes, chamado de “mestre” e “amigo", é “um juiz que tem a coragem e a independência necessárias para fazer o certo”.
Em sua página no Instagram, Dino escreveu: “Defender uma Pátria Justa e Democrática, nos termos da Constituição, é o trabalho a que me dedico no Supremo, onde aprendo com mestres e amigos a exemplo de ALEXANDRE DE MORAES. É um juiz que tem a coragem e a independência necessárias para fazer o certo. É o que verdadeiramente importa”. A postagem teve quase 80 mil curtidas.
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