O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta a cumprir as atividades presidenciais no Palácio do Planalto nesta segunda (6) após quase um mês da operação a que foi submetido às pressas por causa de um sangramento intracraniano.

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Ele tem três compromissos marcados na agenda que incluem, entre eles, uma reunião com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) pela manhã e com Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) à tarde.

As pautas das reuniões não foram divulgadas, mas a expectativa é de que a conversa com Haddad seja em relação ao pacote de ajuste fiscal aprovado no final do ano passado pelo Congresso menor do que o estimado, e que pode ter novas medidas de contenção do aumento dos gastos públicos.

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Haddad estava de férias para acompanhar o estado de saúde de um familiar, segundo a assessoria do ministério, e cumprirá a reunião com Lula que "já estava prevista anteriormente".

Janja e Dino podem dificultar a reeleição de Lula

Analistas e políticos estão atentos à projeção dada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à primeira-dama, Rosângela Lula da Silva (PT), a Janja, e a Flávio Dino (PSB), ex-ministro da Justiça e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A reportagem apurou que a percepção é que os nomes de ambos estejam sendo preparados, com aval de Lula, para se viabilizarem como possíveis futuras candidaturas ao Palácio do Planalto, alternativas à do presidente. Por outro lado, esses possíveis projetos de poder têm vida própria e assim desafiam a estratégia política de Lula.

Embora Janja e Dino sejam vistos como figuras engajadas na reeleição de Lula, eles também se sobressaem como protagonistas de projetos de poder paralelos no campo progressista, graças à visibilidade e ao alcance de suas próprias iniciativas. Esse protagonismo desafia a estratégia política de Lula e gera ruídos na esquerda. Além de sugerir perda de liderança da maior estrela do PT, a ação municia críticas da oposição e ainda pode perturbar articulações de governistas com o Centrão.

No dia 19, durante o programa “Conversa com o Presidente” — a live semanal de Lula —, ele afirmou, ao lado de Janja, que recebe palpites e conselhos diários da primeira-dama, que atua como “agente política” desde o período em que ele esteve preso em Curitiba, quando iniciaram o relacionamento. O presidente defendeu a continuidade dessa postura. “Ela não pode ser uma primeira-dama tradicional, que faz tudo certinho. Também não precisa de cargo para ser importante”, ressaltou.

Lula explicou que o casal estabeleceu uma “política de convivência” que “pode durar se ambos souberem lidar”. “É importante porque a Janja me transmite confiança”, disse. Janja, por sua vez, frisou que os dois “vivem bem” juntos apesar de atuarem em “times diferentes”. A declaração dela veio um mês após o desentendimento público deles durante evento paralelo da cúpula do G20, no Rio de Janeiro, quando a primeira-dama xingou o bilionário Elon Musk, dono do X, e Lula disse que não devemos xingar ninguém.

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Fernanda Torres vence Globo de Ouro

Em Beverly Hills (EUA), na noite deste domingo (início de segunda-feira pelo fuso de Brasília), 5 de janeiro, Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama pela interpretação de Eunice Paiva em "Ainda Estou Aqui", do diretor Walter Salles. A premiação é organizada pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood.

A atriz brasileira concorreu com Pamela Anderson ("The Last Showgirl"), Angelina Jolie ("Maria Callas"), Nicole Kidman ("Babygirl"), Tilda Swinton ("O Quarto ao Lado") e Kate Winslet ("Lee").

No discurso de agradecimento no palco do Beverly Hilton Hotel, Fernanda Torres dedicou o prêmio, entre outras pessoas, à mãe, Fernanda Montenegro, indicada na mesma categoria no Globo de Ouro em 1999 pelo papel em "Central do Brasil", também dirigido por Salles.

"Ainda Estou Aqui", longa baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, conta a história de Eunice Paiva, mãe do autor e que é interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Eunice era casada com o deputado Rubens Paiva (papel de Selton Mello), e passou a criar os cinco filhos sozinha e tornou-se advogada depois que, em 1971, ele foi preso por agentes do regime militar, torturado e morto.

Maioria dos brasileiros condena atos de 8/1 dois anos depois

Na semana em que os atos de 8 de janeiro de 2023 completam dois anos, a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília é condenada pela maioria dos brasileiros de acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda (6) pela Quaest.

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A condenação quase que absoluta entre os entrevistados atinge tanto os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como de Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a participação ou influência do ex-presidente nos atos divide os entrevistados e chega a metade deles (50%) – apenas 39% não acreditam que ele teve algum papel na organização do vandalismo.

  • Desaprova os atos de 8/1: 86%;
  • Aprova: 7%;
  • Não sabe/não respondeu: 7%.

Assim como ocorreu no ano passado, Lula fará uma cerimônia para lembrar dos atos de 8/1 nesta quarta (8) no Palácio do Planalto. Há a expectativa de participação de ministros, presidentes do Congresso e comandantes do Exército.

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O programa Sem Rodeios traz a melhor análise diária do noticiário de política e dos bastidores de Brasília com comentários ao vivo de Jorge Serrão, André Marsiglia, Karina Michelin, Júlia Lucy e Deltan Dallagnol. Apresentado por Guilherme Oliveira, vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 13h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.

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