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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enfrenta um dilema com possível repercussão internacional na análise do pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para comparecer à posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para a próxima segunda-feira (20).

Moraes está diante de um impasse: se permitir a viagem, pode escancarar as incoerências e a falta de fundamento jurídico de suas decisões; se vedá-la, pode expor para a comunidade internacional a perseguição política contra o ex-presidente. A alternativa, nesse caso, pode ser a de postergar a decisão sobre o pedido até que ele perca seu objeto.

A apreensão do passaporte de Bolsonaro foi determinada pelo próprio Moraes durante a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro de 2024. Agora, caso Moraes autorize a viagem e o ex-presidente retorne ao país no prazo estabelecido pela decisão, a necessidade da medida tenderá a ser ainda mais questionada.

Por outro lado, se o ministro decidir impedir a viagem, parte da comunidade internacional poderia interpretar a ação como evidência de perseguição política, o que intensificaria as críticas de políticos da direita americana ao Supremo Tribunal Federal (STF) logo no início do mandato de Trump.

Bolsonaro informa a Moraes plano de ficar 6 dias nos EUA

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele pretende viajar aos Estados Unidos, para participar dos eventos de posse do presidente eleito, Donald Trump, entre os dias 17 e 22 de janeiro.

Os advogados responderam nesta segunda-feira (13) a uma intimação de sábado (11) do ministro para que apresentassem “documento oficial”, com tradução em português juramentada, que comprovasse o convite a Bolsonaro.

O ex-presidente está com o passaporte apreendido, e impedido de deixar o Brasil, por determinação de Moraes. A medida foi decretada no inquérito em que Bolsonaro foi indiciado por suposta tentativa de golpe e busca impedir que ele fuja do país para escapar de eventual condenação.

Banco comandado por chineses e policial civil movimentou ilegalmente R$ 6 bi

Um grupo de chineses é suspeito de comandar parcialmente o gerenciamento de um banco com movimentações bilionárias no Brasil, que encaminhou irregularmente muito dinheiro a outros países e aplicou crimes financeiros na casa dos R$ 6 bilhões nos últimos cincos anos, segundo a Polícia Federal (PF).

O esquema ocorreria por meio de uma associação de um grupo chinês com organizações criminosas voltadas ao tráfico e contrabando. Haveria ainda uma possível ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a Polícia Federal, um dos donos do banco seria um policial civil do estado de São Paulo. O policial apareceu, inclusive, em uma delação premiada contra o PCC, fechada pelo empresário Vinicius Gritzbach, que foi morto a tiros em 8 de novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A investigação aponta que nem todas as operações do banco são ilegais. O esquema começou há mais de dois anos. Há indícios de envolvimento no suposto esquema fraudulento de quadrilhas especializadas no tráfico de drogas, de armas e no contrabando.

Parta chegar ao montante bilionário das fraudes, a PF rastreou cerca de R$ 120 bilhões em movimentações financeiras entre operações de débito e crédito. Gerentes bancários e contadores também são suspeitos de integrar o esquema. Dezesseis pessoas foram presas no fim de novembro de 2024, suspeitas de operarem o esquema fraudulento.

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