Os tempos de guerra não são fáceis. Na década de 1940, quem viveu em países devastados pela Segunda Guerra Mundial sentiu falta de tudo, até de oportunidade e esperança. Nesse cenário estava Nikolaus Pawlowytsch. Ele nasceu em 1924, em Tchesteny, uma pequena colônia da Ucrânia. Morou lá até completar 17 anos, quando foi forçado a ir para a Alemanha. O motivo? Era jovem e forte, características que o levaram para os trabalhos na lavoura das terras conquistadas pelos alemães.
Ele não imaginava que a partir dali seu destino estava selado. "Ele sempre se lembrava com muita tristeza e emoção de quando saiu da casa dos pais, de caminhão, festejando, sem saber das dificuldades que iria passar. Também não sabia que nunca mais veria a sua família", conta um dos netos, Toni Pawlowytsch.
Nos trabalhos forçados, um remanso: conheceu a esposa, Paraskewia Zellez (no Brasil, ela é chamada de Paulina). Ele era jardineiro, ela, agricultora. Se casaram em Schwabmünchen, na Alemanha, e lá tiveram os dois primeiros filhos. Para oficializar a união, pedalou 20 quilômetros de bicicleta, com a noiva na garupa.
Se criava uma nova família, por outro lado nunca mais soube dos pais e irmãos, que ficaram no país de origem. O encontro com os seus ficou ainda mais distante, em 1949, quando decidiu embarcar com a mulher e as crianças em um navio rumo ao Brasil. Buscavam oportunidades melhores.
Com o fim da guerra, a família não quis voltar à Ucrânia, por causa do governo implantado pelos russos. Passaram cerca de três semanas no navio Scharlton Soverin; visualizavam apenas o mar e o céu. "Necola", como foi apelidado, durante a vida toda recordava-se dos dias no navio, das privações da viagem e das crianças doentes. O tempo passava devagar.
Desembarcaram no Rio de Janeiro. Ali começou a saga da família até chegarem ao interior do Paraná. Da capital carioca, foram de caminhão e trem para São Paulo. De lá, embarcaram em um trem até Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
Em mais um trajeto de caminhão, de pé na carroceria, seguiram de Ponta Grossa para Rio Negro, na Região Metropolitana de Curitiba.
Durante os dias que ficaram em Ponta Grossa, aconteceu uma das histórias mais repetidas por Necola. Um dos filhos adoeceu e ficou muito fraco. Recém chegado ao país, falando apenas ucraniano, ele não conseguia ajuda médica. Com o filho nos braços, caminhou por horas até encontrar um convento de freiras ucranianas. Elas conseguiram entendê-lo e ajudaram a tratar da enfermidade do filho.
Em Rio Negro, teve a oportunidade de trabalhar numa marcenaria, onde aprendeu o ofício. Trabalhou como operador de plainas em uma fábrica de esquadrias, portas e janelas. Utilizava as sobras de madeira que ganhava para fazer esfregadeiras de roupa e vendia de porta em porta para complementar sua renda.
No Brasil, o casal teve outros três filhos. Além do trabalho de Necola na marcenaria, ele e Paraskewia criavam coelhos e galinhas para subsistência; além de vacas e ovelhas para vender ovos, leite e lã. A esposa aprendeu a costurar para confeccionar as roupas dos filhos, além de trocar a mão-de-obra por estudo para os herdeiros.
No início da década de 1990, por meio de anúncios da Cruz Vermelha Internacional, os parentes que ficaram na Ucrânia conseguiram localizá-lo na pequena cidade do interior paranaense. Eles passaram a trocar cartas e notícias, sempre em ucraniano. Aliás, o idioma do país de origem sempre o acompanhou; lia com muita dificuldade em português. Gostava mesmo era de ler o jornal ucraniano, editado em Prudentópolis, também no interior do Paraná.
Na velhice, cuidava do quintal e dos animais que tinha em casa. Andava de bicicleta por todo o bairro em que morava. Mais que um hobby, as pedaladas que o acompanharam desde a juventude, no casamento - ajudavam a manter a saúde. Ia de bicicleta a todo lugar, até ao mercado.
Humilde, simples e simpático, Necola nunca precisou de muito luxo. Se contentava com um bom chimarrão, em conversar com os parentes, amigos e vizinhos. Nas conversas, sempre foi autêntico e transparente: falava o que pensava e não continha as lágrimas quando necessário. Uma marca registrada era o sonoro "ai ai ai" para demonstrar espanto ou admiração.
Nos últimos meses, uma trombose complicou a saúde do imigrante. Deixa a viúva, cinco filhos, 13 netos e 11 bisnetos.
Dia 29 de janeiro, aos 90 anos, por complicações de trombose venosa profunda, em Rio Negro.
* * * * *Adair da Silva, 90 anos. Profissão: do lar. Filiação: Manoel Bittencourt e Carmen Bittencourt. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Paz, no bairro Cachoeira, em Curitiba.
Adão dos Santos Silveira, 66 anos. Profissão: motorista. Filiação: Manoel Bernardino da Silveira e Maria dos Santos Silveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais), saindo de Igreja Evangélica Assembléia de Deus, na Santa Amélia, no bairro Fazedinha.
Alessandro Dias de Jesus, 21 anos. Profissão: pizzaiolo. Filiação: Lyllyan Dias de Jesus. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo de local a ser designado.
Alexander de Oliveira Antunes, 21 anos. Profissão: pintor. Filiação: Adão Ferreira Antunes e Sandra Aparecida de Oliveira. Sepultamento às 9h, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo do Cemitério Municipal Santa Cândida - capela 1. Amália Alves Procópio dos Santos, 87 anos. Profissão: do lar. Filiação: Manoel Alves Procópio e Maria Alves dos S Cordeiro. Sepultamento ontem.
Ana Maria Mendes Ortiz, 68 anos. Profissão: costureira. Filiação: Pedro Ferreira Mendes e Zelinda Ferreira da Silva. Sepultamento ontem.
Ângela Maria Martins Coelho, 52 anos. Profissão: do lar. Filiação: Manoel Barroso Martins e Juvenil Alves Martins. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Abranches. Antônio Iung, 76 anos. Profissão: florista. Filiação: Augusto Iung e Áurea Bueno Iung. Sepultamento ontem.
Antônio Nunes Nogueira, 73 anos. Profissão: jornalista. Filiação: Guilherme Nunes Nogueira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da Capela da Luz.
Arlindo Rosa de Lima, 90 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Júlio Rosa de Lima e Balbina Leoncia Ministra. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de Telêmaco Borba (PR).
Aureo Camargo Filho, 58 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: Aureo Camargo e Maria Kisner. Sepultamento às 10h30, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo de local a ser designado.
Caroline Aparecida de Lima, 18 anos. Filiação: Luiz César de Lima e Ermelina das Gracas de Chaves. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de residência.
Celestino José Rodrigues, 83 anos. Profissão: serralheiro. Filiação: João José Rodrigues e Vicencia Virgem da Assunção. Sepultamento hoje, no Cemitério Padre Pedro Fuss, em São José dos Pinhais, saindo da Ihreja Assembleia de Deus, no Dom Bosco, no bairro Tatuquara. Celio Batista dos Santos, 58 anos. Profissão: garçom. Filiação: Geraldo Pereira dos Santos e Vicentina Batista dos Santos. Sepultamento às 10h, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais. Cícero Petersen, 61 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Arthur Petersen e Maria Rosa Morais Petersen. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de local a ser designado.
Claudemir Oleski Lux, 62 anos. Filiação: Cláudio Lux e Maria Oleski. Sepultamento ontem.
Danisa Scarlett Arancibia Salazar, 41 anos. Profissão: supervisor. Filiação: Victor Aliro Arancibia Leiva e Maria Teresa Salazar Bohn. Sepultamento ontem.
Demair Gonçalves, 33 anos. Filiação: Gonçalo Gonçalves e Leunilda Maria dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Rio Branco do Sul, saindo de residência.
Dina Márcia da Silva, 49 anos. Profissão: doméstica. Filiação: Jair Santos das Silva e Maria Cândida da Silva. Sepultamento às 11h, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da Capela Jardim Graziela, em Almirante Tamandaré. Dionne Zambao Zibarth, 73 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Benjamin José Zambao e Maria Rosa de Oliveira Zambao. Sepultamento ontem.
Djalma Salles, 63 anos. Profissão: militar. Filiação: Francisco Salles e Dirce Salles. Sepultamento ontem.
Elvira Fogaça Sales, 83 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Fogaça e Maria Batista Ribeiro. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal da Fazenda Rio Grande. Emanuelly Franca Silva Lima, 0 dia. Filiação: Alexsandro Vieira Lima e Adrieli Franca Silva Lima. Sepultamento ontem.
Emília da Conceição Maia da Costa, 73 anos. Profissão: do lar. Filiação: Luiz Cubas da Maia e Dorvalina Ulisses da Maia. Sepultamento às 15h, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da capela 2. Frederico Baz, 77 anos. Profissão: economista. Filiação: Frederico Baz e Ursulina Baz. Sepultamento ontem.
Gilson Luiz Rodrigues de Lima, 29 anos. Filiação: Valdemiro Rodrigues de Lima e Lucimara Lopes Rodrigues de Lima. Sepultamento ontem.
Ildecleia Maria José Castro Lopes, 51 anos. Profissão: do lar. Filiação: Moacyr Nascimento e Francisca de Jesus Nascimento. Sepultamento ontem.
Jeferson Ferreira de Oliveira, 34 anos. Filiação: Hilda Ferreira de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo de local a ser designado.
João Adelzo Matoso, 55 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Euclides Matoso e Maria Cândida Matoso. Sepultamento às 10h, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo de residência.
João Airton Comparin, 61 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Eugênio Comparin e Severina Paulin Comparin. Sepultamento ontem.
João Maria dos Santos, 80 anos. Filiação: Antônio Eugênio dos Santos e Natividade Pereira Taborda. Sepultamento ontem.
José Carlos Viegas, 72 anos. Profissão: técnico em refrigeração. Filiação: Walter Viegas e Ester Vilas Viegas. Sepultamento ontem.
José Luiz dos Santos Pinheiro, 55 anos. Filiação: Francisca dos Santos Pinheiro. Sepultamento ontem.
José Moreira da Silva, 47 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Francisco Moreira da Silva e Maria Otília da Conceição. Sepultamento às 11h, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais), saindo da Igreja Assembleia de Deus, no Sitio Cercado.
José Sebastião Santos, 52 anos. Profissão: lavrador. Filiação: João Razoto dos Santos e Jandira Lourenço dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical. Leoni Riscarolli, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Custodio José Cardoso e Maria Costa Cardoso. Sepultamento ontem.
Lindamir Cordeiro, 70 anos. Profissão: funcionário público municipal. Filiação: Maria Cardoso. Sepultamento ontem.
Luiz Carlos Salles, 69 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: João Francisco Salles e Rosa Salles. Sepultamento ontem.
Mahmoud Mohamad El Khatib, 89 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Mohamad El Khatib e Hasma Nasser. Sep. ontem.
Maria Correia da Silva Bueno, 73 anos. Profissão: do lar. Filiação: Luiz Correia da Silva e Maria dos Anjos. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de resid. Nayara Larissa Finkensieper da Costa, 28 anos. Profissão: técnico em segurança do trabalho. Filiação: Amilton César Finkensieper da Costa e Neuza Aparecida Finkensieper da Costa. Sepultamento às 11h, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da capela 2. Neusa de Jesus Mendes, 72 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Demerval Cardoso e Tereza Nascimento de Almeida. Sepultamento às 17h, no Cemitério Paroquial Campo Comprido, saindo do Cemitério Paroquial Orleans.
Norma dos Passos Oliveira, 95 anos. Profissão: do lar. Filiação: Anastácio Passos e Maria José dos Passos. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais. Olivia Antunes dos Santos, 64 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Antunes dos Santos e Alvina Antunes dos Santos. Sepultamento ontem.
Olivia Ribas de Lara, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: Lindolfo Ribas de Andrade e Emília dos Santos. Sepultamento às 13h30, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais, saindo de residência.
Oneide Miranda Tavares, 52 anos. Profissão: costureira. Filiação: Sebastião Tavares e Maria José Miranda Tavares. Sepultamento às 14h, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical. Pedro Luiz, 85 anos. Filiação: João Luiz e Rosa Rangel. Sepultamento ontem.
Rachel Buffara Duarte, 91 anos. Profissão: professora. Filiação: Semmi Buffara e Rosa Chede. Sepultamento ontem.
Rafael da Silva, 29 anos. Profissão: auxiliar de produção. Filiação: Sebastião Bueno da Silva e Arlinda Garanhani da Silva. Sepultamento ontem.
Raphael Feres Velho, 42 anos. Profissão: motorista. Filiação: Alcides Maceno Velho e Lea Aparecida Feres Velho. Sepultamento às 11h, no Cemitério Jardim da Paz, saindo do Cemitério São Marcos.
Rodrigo Andrade Santana, 25 anos. Profissão: auxiliar. Filiação: Daniel Andrade Santana e Silvana Gonçalves de Abreu. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Colônia Orleans, saindo de resid. Rosa Maria Padilha, 67 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Bortolan e Sofia Bortolan. Sepultamento às 9h, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da capela 1.
Rosalina Maria do Carmo Louzano, 96 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Pereira de Castro e Izabel Rosa do Carmo. Sepultamento ontem.
Sérgio Falkowski, 52 anos. Profissão: auxiliar administrativo. Filiação: Henryk Falkowski e Ivone Falkowski. Sepultamento ontem.
Sônia Maria da Cunha Anciutti, 65 anos. Profissão: do lar. Filiação: Affonso Augusto da Cunha Filho e Adelina Phelomena Grigoletti da Cunha. Sepultamento ontem.
Tereza Siqueira Bulotas, 78 anos. Profissão: do lar. Filiação: Raymundo Antônio de Siqueira e Maria de Sousa Siqueira. Sepultamento ontem.
Terezinha Pereira Kamienski, 54 anos. Profissão: do lar. Filiação: Benedito Pereira e Lourdes Andreatta Pereira. Sepultamento ontem.
Valdeci Carlos de Souza, 54 anos. Profissão: eletricista. Filiação: Manoel Xavier de Souza e Rosa Lima de Souza. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo do Cemitério Mortuária Paroquial Orleans.
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