Nascida no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1937, Marly Garcia Correia tinha um segundo aniversário, uma data que representava seu renascimento. O dia, 13 de junho de 1941, foi quando ela, então com 4 anos, foi resgatada do abandono da mãe biológica, que sumiu após o falecimento do pai. Naquele dia de Santo Antonio, de quem passou a ser devotada, Marly foi encontrada sozinha em sua casa, gritando pela mãe.
A vizinha que a salvou viabilizou um encontro com os tios da menina, moradores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, que passaram a ser seus pais de criação e de coração. Assim, após o início sofrido, a história de Marly se desenvolveu no Paraná.
Quando estava com 28 anos, ela e a mãe se mudaram para Curitiba e buscaram proximidade com a família, que morava na cidade. Assim que chegaram à capital, Marly começou sua jornada como professora da rede pública de ensino. À época, década de 1960, distâncias que hoje parecem pequenas eram longas. Uma delas era o trajeto diário até o trabalho, da Praça Rui Barbosa até o Hauer. Marly costumava dizer que ia “moendo geada” no percurso, expressão que utilizava para explicar o quão cedo era e o frio que enfrentava. Na volta do expediente, carregando 120 cadernos de estudantes, se preparava para corrigir com dedicação as lições das crianças.
Anos depois, nos idos de 70, Marly foi convidada para assumir o cargo de relações públicas da Biblioteca Pública do Paraná, e, alguns anos mais tarde, dirigiu o Museu da Imagem e do Som, do qual foi fundadora. Também chefiou o Departamento de Cultura da Secretaria de Estado de Educação e Cultura. Ainda se graduou em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela UFPR, em 1974, e participou de vários cursos envolvendo arte e história.
História, aliás, foi a maior de suas paixões. Muito interessada por resgates históricos, produziu inúmeros ao longo de sua vida. Foi uma das responsáveis por idealizar o projeto de conservação de Antonina e publicou livros como O Fandango que acompanha o barreado, sobre a dança popular paranaense, e O Colonizador Esquecido, uma biografia de seu avô paterno.
A relação com a família não foi tão próxima quanto gostaria, talvez pela diferença de idade entre Marly e os parentes, que eram muito mais velhos, ou talvez por sua história de abandono, que não evocava boas lembranças a alguns dos familiares. Não é possível afirmar a razão com clareza, mas esse aspecto, bem como a trajetória de vida de Marly, tornaram a carioca alguém que conduzia seus pesares com o amparo da fé. Muito religiosa, frequentava a igreja regularmente, sempre rezando para seu protetor: Santo Antônio.
Em 1977, conheceu Beatriz, que se encantou com a honradez, o conhecimento e a dignidade de Marly. As duas passaram a ser companheiras para toda a vida em 1985. Elas construíram o que Beatriz define como uma relação de parceria, integridade e fidelidade. Juntas, adquiriram uma chácara na área rural de Guaratuba, no Litoral do Paraná, onde desenvolviam atividades com as crianças da vizinhança e alimentavam as dezenas de colibris que frequentavam o local. O amor pela natureza fez com que passassem grande parte de seus dias na chácara, que se revelou o local ideal para Marly ler e escrever – outras de suas atividades preferidas.
Ainda assim, era sagrado que voltassem para Curitiba, ao apartamento da Avenida Cândido de Abreu, endereço em que moravam, no máximo no dia primeiro de cada mês. Marly, muito “certinha”, gostava de ser pontual em seus pagamentos e esse era um costume do qual não abria mão. A personalidade também tinha nuances curiosas : gostava muito, por exemplo, da banda Jota Quest, cuja música era muito mais atual do que poderia se esperar das canções que uma senhora de idade ouvisse.
Amante dos trocadilhos, Marly escreveu seus próprios e Beatriz considerou que seria pertinente que um deles, em especial, fosse lembrado agora:
“o importante é a vida.
Depois que eu morrer,
será que irão me dar a importância devida?”
Colaborou: Cecília Tümler
Ângelo Alcídio Tortato, 89 anos. Filiação: Francisco Tortato e Catharina Tortato. Sepultamento ontem.
Antônio Silveira de Castilhos, 76 anos. Filiação: João dos Santos Castilhos e Conceição Silveira de Castilhos. Sepultamento hoje, Cemitério Vaticano, saindo da Capela Vaticano - Jade.
Cléber Roger Lima Correia, 14 anos. Profissão: estudante. Filiação: Claudemir Correia e Rose Aparecida Veloso de Lima. Sepultamento ontem.
Denize de Almeida Maines, 84 anos. Profissão: professora. Filiação: João Capistrano de Almeida e Isaura Baptista de Almeida. Sepultamento ontem.
Dulce Goulart, 57 anos. Profissão: auxiliar de odontologia. Filiação: João Ferreira Salles e Zoaldina Salles. Sepultamento ontem.
Edna Roque Queiroz, 47 anos. Filiação: Armando Roque e Sebastiana Roque. Sepultamento hoje, no cemitério municipal da cidade de origem, saindo da Capela Municipal de Umuarama.
Edson Barboza de Castro, 77 anos. Filiação: Antônio Pereira de Castro e Otília Barboza de Castro. Sepultamento ontem.
Elizandro Veiga, 35 anos. Profissão: padeiro. Filiação: Amadeu Veiga e Terezinha Veiga. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo da Capela Mortuária Jardim da Saudade II.
Enoc Pereira Fernandes, 42 anos. Profissão: motorista. Filiação: Aderbal Fernandes da Cruz e Dinair Pereira da Cruz. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Luzia, em Quatro Barras, saindo da Igreja Assembleia de Deus, localizada no Centro da cidade.
Ermelina Soares da Silva, 92 anos. Profissão: do lar. Filiação: Pedro Soares Correa e Percília Duarte Cavalheiro. Sepultamento ontem.
Eva Maia de Vargas, 78 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Batista Azambuja Maia e Eulinda Soares Vargas. Sepultamento hoje, no cemitério municipal da cidade de origem, saindo da Capela Municipal de Santa Helena.
Francisca Marcionila de Souza, 85 anos. Profissão: do lar. Filiação: Raimundo Vicente dos Santos e Marcionila Raimunda da Conceição. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim Independência, em Araucária, saindo da residência.
Frederico Custódio de Souza, 58 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Generoso de Souza Leal e Maria Zilda Custódio de Souza. Sepultamento no dia 24 de abril (domingo), no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da capela número 01.
Genésio de Lima, 64 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Firmino de Lima e Maria Darci de Lima. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Cândida, saindo da Igreja Evangélica Levando Vida Através da Palavra, localizada na rua Ney Pacheco, n. 436 - bairro CIC.
Izaurino Gomes Patriota, 91 anos. Profissão: advogado. Filiação: Leodegario Gomes Patriota e Júlia Azevedo Patriota. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da capela número 04.
João de Mello Marques, 52 anos. Profissão: músico. Filiação: Domingos Marques e Ephigenia Vicentina de Mello Marques. Sepultamento ontem.
Jorge Luís Bonatto, 64 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Constante Francisco Bonatto e Isaura Franco Bonatto. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, saindo da capela número 01.
José Andarilho Antunes, 72 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Joaquim Andarilho Antunes e Maria de Jesus Antunes. Sepultamento ontem.
José Jauri Antunes Maciel, 50 anos. Profissão: jardineiro. Filiação: Afonso Mendes Maciel e Izulina Antunes Maciel. Sepultamento ontem.
José de Oliveira, 78 anos. Filiação: Otávio de Oliveira e Erminia Bento. Sepultamento ontem.
Luan Pinheiro Alves, 22 anos. Profissão: estudante. Filiação: Mário Nantes Alves e Leonice Pinheiro. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo do mesmo local.
Lurdes Sampaio da Silva, 65 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Aristides Barroso Sampaio e Dulcinda Alves Sampaio. Sepultamento ontem.
Marcos Venício de Lima, 43 anos. Profissão: padeiro. Filiação: Lauro de Lima e Maria Pereira. Sepultamento hoje, no Cemitério Santo Expedito Ltda, saindo da Igreja Amor e Vida, em Bocaiuva do Sul.
Maria Gomes de Oliveira, 78 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Inácio da Costa e Itagina Maria da Conceição. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo da capela número 01.
Maria Letícia Kafka Bosak, 2 anos. Filiação: Maurício Bosak e Inês Kafka. Sepultamento ontem.
Maria Rosa da Conceição Santos, 91 anos. Profissão: do lar. Filiação: Joaquim Pereira da Silva e Maria Rosa da Conceição. Sepultamento ontem.
Marly Ceranto Garutt, 59 anos. Profissão: secretária. Filiação: Arlindo Ceranto e Ana Cirino Ceranto. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Municipal de Umuarama.
Milton Novaes de Lima, 70 anos. Profissão: bancário. Filiação: José Ribeiro de Novaes e Zilda de Souza Lima. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo da Igreja Missão Mundial Peniel, no bairro Boqueirão, em Curitiba.
Orosina Alves de Souza, 82 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Franco da Rocha e Emília Alves. Sepultamento ontem.
Ronaldo de Fiori, 82 anos. Profissão: vendedor. Filiação: Felício de Fiori e Modesta Sardilli de Fiori. Cerimônia hoje, no Crematório Berti, em São José dos Pinhais, saindo da capela mortuária do local.
Santina Bueno da Silva Gomes, 79 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Domingos da Silva e Dulcília Bueno de Deus. Sepultamento ontem.
Sílvia Regina dos Santos Souza, 52 anos. Profissão: do lar. Filiação: João dos Santos e Nair Rodrigues. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais, saindo da capela mortuária do local.
Valdir Lima Rodrigues, 36 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Oldivino Rodrigues e Maria Aparecida Lima Rodrigues. Sepultamento ontem.
Vilson Souza Pinheiro, 48 anos. Profissão: instalador. Filiação: Dejalma José Pinheiro e Lourdes Souza Pinheiro. Sepultamento ontem.
Waldomiro Ortiz, 89 anos. Profissão: agricultor. Filiação: Estanislau Ortiz e Durcilia da Silva. Sepultamento hoje, no Cemitério do Distrito de Tranqueira, saindo da Igreja Assembleia de Deus - Novo Horizonte, em Almirante Tamandaré.
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