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Diário de soldado norte-coreano traz táticas macabras da guerra na Ucrânia

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"Mesmo ao custo da minha vida, vou cumprir as ordens do Comandante Supremo sem hesitação". Esta é uma das passagens perturbadoras escritas no diário de um soldado norte-coreano lotado na Rússia, em apoio à guerra sem sentido de Vladimir Putin contra a Ucrânia.

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O documento, obtido pelas forças especiais ucranianas, traz informações mundanas, declarações de amor ao “líder supremo” e táticas de guerra de um exército que foi mandado ao front para morrer pela “causa”, sem treinamento ou equipamentos adequados.

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Em uma das páginas, o soldado relata como um de seus companheiros é usado como isca para que um drone ucraniano seja abatido. "Vou mostrar ao mundo a bravura e o sacrifício das forças especiais de Kim Jong Un", reflete o norte-coreano, morto em 21 de dezembro.

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Durante vários meses, os cerca de 12 mil soldados norte-coreanos enviados à Rússia foram mantidos longe da linha de frente, cavando trincheiras e oferecendo apoio logístico.  Com o agravamento dos conflitos, agora fazem parte da frente de batalha, morrendo em grande escala.

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Cientes do que pode esperá-los em casa em caso de derrota ou rendição, muitos dos norte-coreanos têm se recusado a ser capturados, optando pelo suicídio ou pela morte por “fogo amigo” de seus camaradas mais próximos.

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"Devido à sua mentalidade ideológica e doutrinação, eles simplesmente não têm o conceito de se render", afirmou Oleksandr Kindratenko, coronel e porta-voz das Forças de Operações Especiais da Ucrânia.

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Além da “vergonha da derrota”, estudiosos do regime comunista norte-coreano também ressaltam que o retorno desses soldados poderia causar problemas de outra natureza à ditadura dos Kim.

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“Seria perigoso para o regime norte-coreano permitir que eles voltassem e contaminassem outros com o conhecimento do que viram”, revelou o especialista britânico em assuntos militares sobre a Rússia, Keir Giles, ao tabloide britânico Mirror.