Itapemirim: a breve e confusa história da companhia aérea
Aviação
Menos de seis meses após o primeiro voo, a Itapemirim Transportes Aéreos, também conhecida como ITA, suspendeu as operações e deixou milhares de passageiros na mão.
Essa foi a segunda investida da Itapemirim na aviação. Na década de 1990, se dedicava principalmente ao transporte de carga, mas fechou as portas em 2000.
A mais recente, porém, durou bem menos. Em plena pandemia, em 2020, a empresa decidiu criar uma nova companhia aérea, a Itapemirim Transportes Aéreos.
A criação ocorreu em meio a um processo de recuperação judicial do Grupo Itapemirim. Segundo o presidente da ITA, Sidnei Piva, houve um aporte de US$ 500 milhões vindos dos Emirados Árabes.
Os planos anunciados por Piva eram enormes. Segundo ele, a Itapemirim teria 50 aviões em 5 anos, cobriria todo o território brasileiro e voaria para Europa e Estados Unidos a partir de 2023.
Em fevereiro de 2021, a companhia recebeu o primeiro avião, um Airbus A320. Seriam mais cinco aeronaves do modelo e um outro A319 na frota da Itapemirim.
Após voos de testes e de certificação, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu em 30 de abril o Certificado de Operador Aéreo (COA) e autorizou em 20 de maio a Itapemirim a explorar o transporte aéreo.
O primeiro voo regular da Itapemirim ocorreu em 1º de julho, entre os aeroportos de Guarulhos e de Confins, em Belo Horizonte.
Em cinco meses, a companhia já voava para 13 aeroportos brasileiros, incluindo Congonhas, em São Paulo, o mais cobiçado do país.
Ao longo da breve trajetória da Itapemirim, houve vários problemas com o pagamento de salário e FGTS de funcionários, entre outras questões trabalhistas.
E de uma hora para outra, com aviões no ar, a companhia decidiu suspender as operações em 17 de dezembro. Logo depois, a Anac suspendeu o Certificado de Operador Aéreo (COA) da empresa.
Créditos
Imagens: Wikimedia Commons, Divulgação/Itapemirim Transportes Aéreos.
Montagem: Gustavo Ribeiro.