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Tira-dúvidas

Dez mitos ou verdades sobre baterias de celulares e notebooks

O uso disseminado de notebooks, tablets e smartphones em diversos ambientes levanta algumas dúvidas sobre a durabilidade das baterias e hábitos que podem prolongá-las. No entanto, alguns mitos da pré-história da tecnologia ainda são replicados todos os dias pelos usuários. Veja o que é mito e o que é verdade:

A bateria só deve ser recarregada quando for usada até o final: MITOAntigamente, as baterias eram mais frágeis e ‘viciavam’ quando o usuário recarregava o aparelho antes dele descarregar totalmente. Atualmente, não mais. As baterias de hoje são de polímero de íon de lítio, que dispensam o cumprimento de ciclos completos de carga e descarga. Por isso, o usuário pode ligar o equipamento à tomada antes de acabar a carga.

A bateria deve ser carregada por 8 horas (ou 12/24 horas) antes do primeiro uso ela perde a vida útil: MITOOutra história remanescente das antigas baterias de níquel-cádmio, usadas nos primeiros modelos de notebook e celular. Antigamente, esa necessário efetuar ciclos longos de carregamentos para causar o chamado "Efeito Memória", que determinaria o máximo de bateria que os aparelhos terão ao longo do uso. Hoje, esse tipo de processo não é mais necessário nos celulares e na grande maioria dos notebooks. "O efeito é nulo. É possível ligar o aparelho e usar imediatamente", afirma o professor de engenharia elétrica da UTFPR, Sérgio Carvalho.

Dispositivos USB fazem notebook consumir mais bateria: VERDADEQualquer dispositivo que estiver conectado ao notebook vai depender da energia do computador para continuar funcionando. Um pen-drive, por exemplo, vai consumir uma porção ínfima de bateria, mas manter conectados modems 3G, mouses, pen drives e outros dispositivos simultaneamente vai fazer com que a bateria seja consumida mais rapidamente, sim.

Carregadores genéricos destroem a bateria do smartphone: VERDADENem todo carregador é ruim, mas alguns modelos devem ser evitados. Em tese, o ideal é usar modelos originais - ou então carregadores certificados, mesmo que não sejam da mesma marca dos aparelhos. "Acontece que, muitas vezes, o aparelho está programado para receber uma intensidade pré-determinada de energia e de corrente, que nem sempre é a mesma provida pelo carregador", explica o engenheiro Sérgio Carvalho.

Notebooks e celulares não devem ser usados enquanto as baterias estão sendo carregadas: MITONão existe qualquer recomendação contrária ao uso dos aparelhos enquanto eles carregam. Eles funcionam normalmente neste modo e a bateria não sofre qualquer dano com isso. Existe uma lenda de que os aparelhos podem superaquecer nestes momentos - eles de fato ficam mais quentes, mas, se estiverem em um ambiente ventilado, não há qualquer contraindicação para o uso dos aparelhos.

Colocar a bateria na geladeira ajuda a recuperar sua potência: MITOUma das maiores lendas da história dos eletrônicos. A verdade é que o calor está intimamente ligado ao gasto de bateria: quanto mais quente o aparelho, maior será o consumo de energia; quanto mais fresco, menor o gasto. Nas baterias de lítio, muito mais comuns nos aparelhos mais novos, a temperatura ambiente é a mais recomendada para um uso otimizado da bateria. "Colocar o aparelho na geladeira não melhora o desempenho da bateria e ainda pode estragar o aparelho", completa o consultor de aparelhos eletrônicos mobile da Xdirect, Felipe Reis.

Vibracall, Wi-Fi e Roaming comprometem a performance da bateria: VERDADENos smartphones, as funções de conexão à internet chegam a ser responsáveis por 90% do consumo da bateria. Ativar a vibração do celular também é resultado de um motor minúsculo que fica ligado dentro do aparelho - o que consome bateria. A luminosidade da tela do celular ou do computador também pode ser regulada com a finalidade de gastar mais ou menos energia.

Deixar o celular carregando durante a noite estraga a bateria: MITOVale tanto para celulares, quanto para computadores: a partir do momento que a bateria está completamente carregada, o aparelho para de ‘puxar’ energia, com isso, a bateria não é prejudicada. "Mesmo assim, é bom dar um descando para o aparelho de ver em quando", recomenda o consultor de aparelhos eletrônicos mobile da Xdirect, Felipe Reis.

Baterias antigas duravam mais do que as novas: MITOIsso é mais uma impressão dos usuários que se esquecem das funções reduzidas dos celulares analógicos em relação aos atuais. Além disso, os aparelhos antigos consumiam carga continuamente. Já os da nova geração gastam energia conforme os recursos são utilizados e permanecem em stand by nas outras horas.

A bateria começa a perder sua capacidade assim que o aparelho sai de fábrica, mesmo se ele não for usado: VERDADEApós sair da fábrica, a bateria sofre reações internas e passa a descarregar se ficar sem uso. Para evitar o problema, as baterias são carregadas parcialmente pelos fabricantes de smartphones antes de chegarem às mãos do consumidor.

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