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LG transforma relógio em assistente virtual de luxo

LG Watch Urbane utiliza o sistema operacional Android Wear 3.0 | Albari Rosa/Gazeta do Povo
LG Watch Urbane utiliza o sistema operacional Android Wear 3.0 (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Relógios inteligentes não são mais novidade, seja lá fora ou no mercado brasileiro. Ainda assim, esses dispositivos móveis, feitos para levar para o pulso notificações, mensagens e outras funcionalidades presentes nos celulares, têm penado para emplacar entre o grande público, principalmente devido ao preço elevado (pelo menos no Brasil) ou simplesmente por não serem imprescindíveis – ao contrário dos onipresentes smartphones.

O novo relógio lançado pela LG traz várias funcionalidades e praticidades que podem agradar desde os usuários ocasionais até os geeks mais entusiastas, mas segue, ao fim, sendo um acessório para celular, que depende do “primo” mais velho para funcionar em sua plenitude. Ao menos, pode-se dizer que a interação entre esse dois dispositivos atingiu no LG Watch Urbane um grau de profundidade e maturidade de encher os olhos – e capaz de realmente tornar mais fáceis algumas ações do dia a dia.

GALERIA DE FOTOS: confira detalhes do visual do LG Watch Urbane

Isto principalmente porque o relógio “conversa” via bluetooth com qualquer smarphone Android, de qualquer marca – ao contrário de concorrentes como Samsung Gear S e o Apple Watch, restritos aos modelos de suas fabricantes. O sistema operacional Android Wear 3.0 tenta driblar as limitações da tela pequena de 1,3 polegadas com uma navegação enxuta, mas fluída, baseada em deslizar o dedo para os lados, para cima e para baixo – o que exige prática para se chegar com rapidez aos recursos desejados.

O assistente Google Now, já velho conhecido dos usuários de Android, dá uma boa forcinha aqui, trazendo notificações por conta própria para o usuário, como previsão do tempo, avisos de reuniões e eventos e rotas para trajetos feitos com frequência.

Conversando com o relógio

O recurso mais prático, porém, é de longe o comando de voz, que torna desnecessário tocar na tela ou no único botão do relógio. Basta falar “Ok, Google”, para emendar comandos como mandar SMS ou e-mail, traçar rotas no Google Maps, criar notas, fazer pesquisas na web ou iniciar uma contagem de passos.

Todas essas ações podem ser feitas do início ao fim usando a fala – o reconhecimento de voz transforma o que foi dito em texto, que é então encaminhado para o destinatário, no caso das mensagens, por exemplo. Esse mesmo recurso permite responder a mensagens do WhatsApp e do Facebook Messenger quando elas aparecem no celular, já que não há um teclado digital.

Em vários testes feitos pela reportagem, a “transcrição” da voz para texto foi quase perfeita, a não ser por erros de pontuação. Há um problema aí, claro: se você resolver responder a mensagens ou enviar e-mails usando a voz durante as reuniões, quem está por perto vai ouvir. Também é possível fazer ou receber uma ligação usando o relógio, mas aí surge outra limitação: pode-se falar, mas não ouvir o que o outro está dizendo. Neste caso, é necessário recorrer a um fone bluetooth, ou ao smartphone ao qual o relógio está sincronizado.

Visual

Um ponto a favor do LG Watch Urbane é o design. O aparelho segue a linha do Moto 360, da Motorola, e traz um visual clássico, com cara de relógio tradicional – fruto da caixa redonda de metal que circunda a tela e da pulseira em couro legítimo.

Dependendo do tipo de tela utilizada – há várias opções, desde os ponteiros comuns até visores digitais com contadores de passos embaixo dos números –, o aparelho pode facilmente passar despercebido como um relógio comum, o que não ocorre com os concorrentes da Samsung e da Apple.

Por outro lado, não há como esquecer que o relógio está no pulso, por conta do tamanho e do peso, que se sobressaem. O LG Watch Urbane possui contador de batimentos cardíacos, passos e calorias que funcionam em conjunto com aplicativos como o Google Fit, mas não é tão prático e cômodo quanto outras pulseiras inteligentes que possuem as mesmas funções.

A autonomia de bateria, por fim, também pode incomodar. Afinal, será mais um dispositivo que precisará ser recarregado além do celular, depois de um dia e meio de uso, em geral. Ao menos o processo é rápido e uma recarga completa pode ser feita em cerca de 40 minutos.

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