Após ser uma das sensações da Mobile World Congress, em fevereiro deste ano, a nova geração do smartphone top de linha da LG começa a ser vendido no Brasil nesta quinta-feira (2). O G5 ganhou destaque da mídia especializada durante a feira de Barcelona por finalmente trazer um suspiro de novidade ao mercado de celulares, com seu sistema de módulos externos que prometem incrementar a experiência de uso do aparelho.
Ao utilizar uma bateria removível, o celular possibilita que componentes sejam anexados à base do smartphone. Retira-se a bateria, encaixa-se o módulo e em seguida coloca-se de volta a bateria - assim, o módulo torna-se parte do corpo do celular. Na teoria, é uma ótima ideia e, de fato, uma inovação bem-vinda a um mercado que tem se limitado a trazer pequenos upgrades de hardware a cada atualização. Na prática, porém, é uma alternativa ainda bastante limitada e pouco acessível.
Isso se deve basicamente ao preço inicial do celular e à falta de opções de módulos neste primeiro momento. O G5 sai a partir de R$ 3.499, faixa de preço que se encaixa no segmento premium, mesmo que a marca não tenho o apelo dos seus dois principais concorrentes, o iPhone 6S e o Galaxy S7. E, por enquanto, apenas dois módulos estão disponíveis para o celular: a LG Cam Plus e o LG Hi-Fi Plus.
A LG Cam Plus é uma espécie de suporte manual para a câmera do celular, que vem com uma bateria externa que se soma à do aparelho -- o G5 tem uma bateria de 2.800 mAh, enquanto o módulo fornece 1.200 mAh adicionais. A LG Cam Plus torna o dispositivo mais fácil de segurar e fornece botões físicos para ligar e desligar a câmera, gravar vídeos e fotos e dar zoom. Não se trata, portanto, de lentes extras ou outros componentes físicos que permitam fotos de melhor qualidade. O módulo será vendido por R$ 649.
Já o LG Hi-Fi Plus é um módulo voltado para os aficionados por escutar música no celular. Ao ser encaixado na base do aparelho, o componente promete melhorar a qualidade do áudio, oferecendo um som “premium” de alta definição -- não são saídas de áudio extras. O módulo foi desenvolvido em parceria com a empresa americana de acessórios de aúdio B&O Play e será vendido por R$ 1.299.
Além dos dois módulos, a LG também está trazendo dois novos acessórios para serem usados com o G5 -- e que neste caso, não se integram ao corpo do smartphone. A LG 360 CAM é uma câmera compacta que permite a captação de fotos e vídeos em 360 graus, e que se conecta ao celular por meio de conexão bluetooth. O acessório grava vídeos em 2K e tem canal de gravação surround 5.1 em três microfones. A câmera será vendida por R$ 1.799.
O outro acessório é um fone de ouvido auricular, também desenvolvido em parceria com a B&O Play e que, segundo a LG, permite que o usuário aproveite em toda sua plenitude o áudio de alto padrão oferecido pelo módulo Hi-Fi Plus. O que pode acabar sendo meio insólito para o bolso do usuário, já que o conjunto (celular mais módulo mais fone) sai pela bagatela de R$ 6.197. Ao menos o fone de ouvido é compatível com todos os smartphones Android.
Configurações
O G5, é preciso dizer, tem vida própria além dos módulos. Outra inovação bem-vinda -- e neste caso, mais prática e útil -- são as duas câmeras traseiras, de 16 MP e 8 MP. A composição permite ao usuário tirar fotos e gravar vídeos com um ângulo de abertura muito maior, de até 135 graus (tradicionalmente, o ângulo é de 78 graus).
Na prática, é um ângulo que possibilita um campo de visualização cerca de 1,7 vezes maior do que o oferecido por outras câmeras de smartphones do mercado -- assim, mais gente e mais paisagem consegue aparecer na foto, sem que o usuário precise se afastar.
A lente angular é uma alternativa apenas. Com um simples clique em um ícone da tela, o usuário transita entre os dois modos, o tradicional e o mais aberto. O conjunto é reforçado com uma câmera frontal de 8 MP.
O G5 também tem outros atrativos, como o display “always-on”, que permite que informações de hora, data e notificações fiquem disponíveis na tela do celular 100% do tempo -- isso, gastando apenas 0,8% da capacidade total da bateria por hora de operação. Nesse quesito, a promessa também é de um carregador de bateria que é até quatro vezes mais rápido do que USBs comuns -- com apenas 30 minutos de carga na tomada, o usuário pode utilizar o celular por um dia inteiro, afirma a LG.
As outras especificações incluem um processador Qualcomm Snapdragon 652, uma tela com display Quad HD de 5,3 polegadas, 3GB de RAM e armazenamento interno de 32 GB - o sistema operacional é o Android 6.0 Marshmallow. Neste sentido, quem esperava o mesmo smartphone lançado lá fora vai se decepcionar. Nos EUA, o G5 vem, por exemplo, com processador Snapdragon 820 e 4GB de RAM.
A decisão de “cortar” parte do hardware não é à toa e certamente veio para tentar equilibrar o preço do aparelho à realidade local. “2016 tem pedido cautela, mas a LG não tirou o pé em nenhum momento. O que fazemos é avaliar o momento do mercado e do consumidor. Nosso compromisso é trazer o melhor custo-benefício”, afirmou, durante apresentação à imprensa na noite desta quarta-feira (1), a diretora de Marketing da LG no Brasil, Barbara Toscano.
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