Já faz um tempo que os donos de iPhones e celulares da linha Galaxy, da Samsung, deixaram de monopolizar o debate sobre quais eram os melhores aparelhos do mercado. As duas marcas podem ainda ter os lançamentos mais aguardados, mas, correndo por fora, outras fabricantes ganham espaço ao oferecer smartphones com preços acessíveis e de bom desempenho. A Motorola surfou nesta onda e faturou alto no último ano com o Moto G. Agora, chegou a hora de a empresa lançar a nova versão de seu campeão de vendas, que, mais uma vez, aposta na relação custo-benefício.
O aparelho manteve a denominação e está sendo chamado pela Motorola somente de "Moto G segunda geração" ou "Novo Moto G" - então vale ficar atento para não confundir as versões na hora de comprar o aparelho na loja ou na internet. Até porque, por fora e por dentro, as mudanças foram modestas. O novo Moto G ficou um pouco maior, com uma tela de 5 polegadas (antes tinha 4,5") e ganhou câmeras melhores, de 8 MP (traseira) e 2 MP (frontal) - a versão anterior vem com câmeras de 5 MP e 1,2 MP, respectivamente.
Mais do mesmo
O processador permanece o mesmo - 1,2 GHz quad-core - e permite uma navegação fluída e rápida pela última versão do Android, o KitKat, com bom desempenho entre os aplicativos e jogos, incluindo os que exigem mais do hardware (o game de luta Injustice, por exemplo, rodou sem interrupções com gráficos razoáveis).
A resolução da tela, HD 720p, também é a mesma da primeira versão e, apesar de ficar atrás de modelos premium, como o novo Moto X, que tem tela HD de 1080p, não compromete a experiência de ver fotos e vídeos.
O aparelho, seguindo uma tendência de mercado, aceita dois chips de telefone. Por outro lado, não vem com 4G - possivelmente a Motorola lançará uma nova versão com o 4G incluído, como fez com o primeiro Moto G.
Bonito e robusto
No visual, também não há grandes diferenças. O celular está mais fino e teve obviamente, o tamanho aumentou, por conta do aumento da tela. Neste ponto, o Moto G continua ganhando pontos por sua ergonomia, design clean e bom acabamento - apesar de ser um smartphone intermediário, a sensação é de se segurar um aparelho robusto e durável. Na frente, em cima e abaixo da tela, estão as duas barrinhas metálicas características de outros aparelhos da Motorola (os speakers).
Quem quiser desembolsar um pouco mais também pode comprar a versão que vem com uma capa traseira extra, em um chamativo azul turquesa - a capa original é preta. A intenção é que em breve mais capas sejam disponibilizadas em outras cores, a exemplo do primeiro Moto G, que teve capinhas traseiras em branco, vermelho e amarelo limão.
Custo-benefício
A estratégia da Motorola de lançar uma nova versão do Moto G tão parecida com a anterior mostra claramente que a empresa quer continuar lucrando com a aceitação calorosa do modelo, em busca de novos usuários. Quem já possui o primeiro Moto G não tem motivos suficientes para gastar no novo modelo, enquanto quem vai comprar o celular agora pode sair no lucro ao adquirir a segunda geração do smartphone.
A curta distância entre os preços das duas gerações mostra bem essa relação. O Moto G 1 (vamos chamá-lo assim, pra facilitar), sai a partir de R$ 599, enquanto o Moto G 2 sai a partir de R$ 729 - a versão com a capa azul e TV digital custa R$ 799. Os preços são os divulgados no site da própria fabricante.
Algumas versões do Moto G 1, com funcionalidades extras - como 4G, capinhas extras e fones de ouvido - custam R$ 799, acima do valor da nova geração.
Ao fim, o novo Moto G continua atraente para o bolso e segue como um dos melhores celulares intermediários do mercado, mesmo que deixe a desejar para quem já é fã da marca.
Especificações técnicas:
Tela HD de 5 polegadas
Câmera traseira de 8 MP e frontal de 2 MP
Android 4.4.4 (KitKat)
Processador 1,2 GHz quad-core
1 GB de RAM
Dual chip
8 GB de capacidade + microSD
Peso de 149 gramas
